Impactes ambientais, humanos, turísticos e económicos apresentados ao PAN em visita à região do Tâmega

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PAN aguarda esclarecimentos do governo sobre a avaliação em curso para o Plano Nacional de Barragens
Estudos de Impacte Ambiental devem ser realizados por organizações não-governamentais e não pelas empresas promotoras das barragens
Fortes impactes nos ecossistemas e na dinâmica turística e económica da Bacia do Tâmega
 
Lisboa, 23 de março de 2016  – No seguimento da visita do deputado do PAN – Pessoas – Animais – Natureza, André Silva, a vários locais na região do Alto Tâmega e do diálogo com a população e com entidades locais sobre as barragens previstas para o rio Tâmega: Alto Tâmega, Daivões, Gouvães e Fridão, foi possível reunir várias conclusões sobre os fortes impactes que resultarão da aplicação do Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH).
 
Das dez barragens do PNBEPH, seis estão indicadas para a bacia do Douro e quatro estão previstas para a bacia do Tâmega e vão impactar este rio e afluentes em quase toda a sua extensão. Toda a paisagem natural e cultural do Vale do Tâmega vai sofrer uma modificação preocupante e definitiva, com impactes muito concretos a vários níveis, que continuam sem ser esclarecidos pelo Governo na avaliação em curso para o PNBEPH, estudos estes que, na perspetiva do PAN, deviam ser realizados por organizações não-governamentais.
 
Refira-se o caso do Rio Torno/Louredo na Barragem de Gouvães, no Sítio de Importância Comunitária Alvão/Marão, cujo estudo de impacte ambiental, encomendado pela empresa produtora de energia responsável pela construção das barragens, não garantiu um bypass ambiental no rio colocando em causa a qualidade da água.
 
Este foi apenas um dos exemplos apresentados, no terreno, ao PAN. Muitos outros há nomeadamente a forte perda do potencial turístico da região e a inundação dos terrenos férteis que ainda são cultiváveis o que afetará fortemente a dinâmica económica da Bacia do Tâmega e a criação de postos de trabalho estáveis com o êxodo para as cidades como consequência mais previsível.
 
Enviamos mais informação em anexo.

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