PAN demarca-se da alienação intempestiva do Banif por comprometer o interesse público

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Leis de regulação já existem mas não se têm mostrado eficazes
Há um claro conflito de interesses entre a esfera política e a operacionalização das competências do Banco de Portugal
 
Lisboa, 22 de dezembro de 2015  – O PAN – Pessoas – Animais – Natureza considera que a proposta de retificação orçamental apresentada, é uma solução particular e unilateral que não acautela os interesses dos contribuintes, nem antecipa resoluções eficazes para situações idênticas futuras. Durante os últimos anos teria sido preferível utilizar outros caminhos e soluções, nomeadamente a integração temporária do Banif na esfera de gestão da Caixa Geral de Depósitos para promover a recuperação de valor.
 
Essa solução permitiria estancar a degradação de imagem do Banif e gradualmente recuperar os ativos do Banco para possibilitar uma venda em condições mais favoráveis para todos os intervenientes. Para o partido, esta alienação intempestiva de um banco com forte presença nas nossas regiões autónomas e na diáspora, para além de não salvaguardar o interesse dos contribuintes, tem também um efeito negativo no próprio interesse nacional.

Leis de regulação já existem mas não se têm mostrado eficazes. Há um claro conflito de interesses entre a esfera política e a operacionalização das competências do Banco de Portugal. Por tal, no curto prazo torna-se prioritária a apresentação de um plano de reestruturação que capacite o Banco de Portugal para a defesa do interesse público através de uma supervisão competente, atuante, efetiva e independente da esfera governamental.
 
Esta inoperância do Banco de Portugal acarretou, também, estes resgastes que globalmente atiraram o dinheiro público para um poço sem fundo. Poço este que é equivalente a praticamente dois anos de financiamento do Serviço Nacional de Saúde.
 
Dois anos de atos médicos para todos os portugueses que se tornaram, aos olhos dos decisores políticos, "imparidades" bancárias contrabalançadas por montantes idênticos em contas de especuladores e outros mercadores da “desgraça alheia”.
 
“Resumindo, os portugueses não entendem, e ninguém lhes consegue explicar, porque é que não são chamados para a distribuição dos lucros da banca, quando os há, mas são empurrados a pagar as dívidas que os mesmos geram”. Reforça André Silva, Porta-voz e Deputado do PAN.

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