PAN e líder do Partido Holandês pelos Animais organizam estreia portuguesa do documentário #Powerplant
- Presença e debate com Marianne Thieme, líder do Partij voor de Dieren e Francisco Guerreiro, cabeça de lista do PAN às Europeias 2019
- Documentário apresenta a forte ligação entre as Alterações Climáticas, a pecuária intensiva e o consumo de produtos animais
- Dieta baseada em vegetais pode prevenir até 8 milhões de mortes por ano
- Rede de partidos humanistas, ecologistas e de defesa dos direitos e proteção dos animais está a crescer na Europa
O Espaço PAN Porto recebe a estreia portuguesa do documentário #Powerplant na próxima quinta-feira, dia 18 de abril, pelas 20h45 na Rua do Barão de Forrester 783. A entrada é livre mediante inscrição (https://forms.gle/jVi3NZTXyT3SxkmV8). Lançado em 2019, o documentário #Powerplant transmite uma forte ligação entre as Alterações Climáticas, a pecuária intensiva e o consumo de produtos animais. Marianne Thieme, líder do Partido Holandês pelos Animais, foi a primeira figura política a abordar este tema no filme "Meat the Truth" em 2007, levantando questões que se tornaram ainda mais pertinentes desde então. Mais recentemente laçaram o documentário “Sea The Truth” (2011) e “One Single Planet” (2015).
Publicações da Universidade de Oxford indicam que a transição para uma dieta baseada em vegetais pode prevenir até 8 milhões de mortes por ano em 2050 e, à escala global, pode levar a poupanças milionárias para a sociedade. A adoção de uma alimentação à base de vegetais pode reduzir até 73% as emissões de gases de efeito estufa e devolver à natureza 76% do território utilizado atualmente para a produção de bens alimentares. Além de cientistas, o documentário também mostra artistas, chefs e empreendedores famosos, que comprovam que a nutrição à base de plantas é sustentável, saudável e uma opção viável para o futuro.
Na Europa, segundo a Greenpeace, o impacto financeiro da indústria da pecuária absorve entre 18% a 20% do orçamento comunitário. Isto equivale entre 28.5 e 32.6 mil milhões de euros. E no território, cerca de 71% da terra arável na Europa está direcionada direta ou indiretamente para a pecuária, sendo que apenas entre 10% a 30% do que o gado come é convertido em proteína animal consumida pelos cidadãos.
Os dados demonstram que a pecuária destrói o ambiente, é estruturalmente ineficiente na gestão de recursos naturais já escassos, mantém-se como um sorvedouro do dinheiro público e nunca fornecerá os alimentos necessários para esta sociedade. Por tal, é fundamental direcionar estes recursos, naturais e financeiros, para a expansão de culturas vegetais e frutícolas em modo biológico, ajudando assim os produtores na sua transição e garantindo que não só a saúde pública como o ambiente e os animais são protegidos. É precisamente este caminho de sustentabilidade que o PAN quer implementar com a eleição de um Eurodeputado, integrando a família dos Verdes Europeus.
Francisco Guerreiro, Cabeça de Lista do PAN às Eleições Europeias do próximo dia 26 de maio junta-se a Marianne Thieme, líder do Partij voor de Dieren// Party for the Animals que elegeu pela primeira vez uma representante europeia em 2014 para uma discussão aberta com o público. A União Europeia tem sido um dos blocos geopolíticos que mais tem avançado na proteção e na consagração dos direitos ou do bem-estar dos animais, tal como em legislação ambiental. Tal facto deve-se em grande parte à emergência e crescimento de partidos políticos com visões integradas sobre sustentabilidade e preservação dos ecossistemas. Em 2014, o PAN realizou a sua primeira candidatura ao Parlamento Europeu inserido no movimento Euro Animal 7, um conjunto de sete partidos ditos "animalistas" que advogava pela proteção e promoção dos direitos dos animais no seio do Projeto Europeu.
Esta rede de partidos humanistas, ecologistas e em defesa dos direitos e proteção dos animais tem estado em crescimento e reúne atualmente 11 partidos, vindos dos Países Baixos, Bélgica, França, Alemanha, Espanha, Portugal, Itália, Suécia, Finlândia, Chipre e Reino Unido. Têm sido estreitados laços e definidas estratégias para garantir o reforço da responsabilidade legal, social e cívica de todos e todas para com os animais.
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