A equipa BWT Alpine F1 começa a temporada de Fórmula 1 de 2023 ao revelar o A523 ao mundo
A equipa BWT Alpine F1 entra na sua terceira temporada na Fórmula 1, após ter terminado o Campeonato do Mundo de 2022 no quarto lugar. Um feito que reforça a trajetória ascendente da equipa desde a sua entrada na disciplina máxima do automobilismo, em 2021.
Em 2023, a equipa terá uma nova formação de pilotos, pois Esteban Ocon passa a ser acompanhado por Pierre Gasly. Uma dupla francesa e com raízes nas terras rústicas da Normandia. A interessante história partilhada pelos dois pilotos da Alpine levou-os a juntaram-se nesta fase das suas carreiras, depois de terem competido ainda no karting, com apenas dez anos de idade.
Ocon e Gasly, assim como o piloto de reserva Jack Doohan, vão representar as icónicas cores da Alpine nos maiores palcos do desporto, ao embarcarem numa temporada de 23 corridas que abrange os cinco continentes, incluindo a muito aguardada estreia do Grande Prémio de Las Vegas, nos Estados Unidos, no próximo mês de novembro.
A equipa apoia-se na dedicação à Fórmula 1 do CEO do Grupo Renault, Luca de Meo, sendo liderada pelo CEO da Alpine Cars, Laurent Rossi, e pelo diretor-geral da equipa de Fórmula 1, Otmar Szafnauer, num ambicioso projeto que estabeleceu como objetivo lutar pelos títulos do Campeonato do Mundo de Fórmula 1, num prazo máximo de 100 corridas. Após a época de 22 corridas do ano passado, onde a equipa subiu do quinto lugar de 2021, para o quarto posto do Mundial de Construtores, restam 78 corridas no objetivo da equipa de subir ao topo da Fórmula 1.
Para 2023, a equipa revelou a sua “arma” para o Mundial, o A523, propulsionado pela unidade motriz Renault E-Tech RE23. O diretor-técnico executivo Pat Fry e o diretor-técnico Matt Harman lideraram o programa de Enstone no desenvolvimento do chassis e procuraram introduzir evoluções no conjunto durante o inverno, enquanto o diretor-executivo, Bruno Famin, trabalhou em Viry-Châtillon para integrar a unidade motriz, em conjunto com a estrutura de Enstone.
A Fórmula 1 continua a ser fulcral para as ambições do programa "Renaulution" do Grupo Renault, onde cada marca do grupo tem sido reposicionada para potenciar o seu desenvolvimento. A Alpine é sinónimo de corridas, e permanece fiel à sua identidade, ao manter-se competitiva na Fórmula 1 e em outras categorias do desporto automóvel.
Luca de Meo, CEO do Grupo Renault: “Estou ansioso pelo início da temporada de Fórmula 1 e por ver a equipa BWT Alpine F1 continuar a sua impressionante trajetória, rumo às primeiras posições da grelha. Desde que o nome Alpine se juntou à Fórmula 1, tenho visto progressos claros e tangíveis, que resultam da paixão, determinação e dedicação de cada membro da equipa e que contribui para o sucesso dos nossos carros. Isto lembra-me, muitas vezes, por que motivo decidi colocar a Alpine na Fórmula 1: porque, em última análise, a marca pertence aqui. A época de 2023 marca mais um capítulo no palmarés da Alpine e, este ano, fazemos História com dois pilotos franceses em representação da nossa marca. Vamos ver o que a temporada nos traz, claro, mas eu e todos no Grupo Renault estamos entusiasmados por poder acompanhar de perto a ascensão da Alpine.”
SOBRE A ALPINE E O SEU AMOR PELA COMPETIÇÃO
A história da Alpine remonta a 1955, quando Jean Rédélé, um jovem apaixonado pela competição, fundou a icónica marca francesa. Quase 70 anos depois, a Alpine está na vanguarda do desporto automóvel, competindo entre a elite do Campeonato do Mundo FIA de Fórmula 1 e o Campeonato do Mundo FIA de Resistência, bem como noutras disciplinas do automobilismo.
O modelo A110 original foi introduzido em 1962 e, no início dos anos 70, a Alpine era uma das principais marcas dos ralis internacionais. Em 1971, ocupou, pela primeira vez, os três lugares do pódio do famoso Rali de Monte Carlo, feito que viria a repetir mais tarde, em 1973. No final desse ano, a marca ganhou o título de Construtores no Campeonato do Mundo de Ralis.
Em 1978, a Alpine alcançou um dos seus mais famosos triunfos no desporto automóvel: a vitória, à geral, nas 24 Horas de Le Mans. A fábrica continuou a lançar novos e inovadores modelos de estrada nas décadas de 70 e 80, incluindo o A310 V6 e o GTA.
Seguiu-se um período de inatividade, mas assim que o relançamento da Alpine foi anunciado, em 2012, nasceu um programa de competição para fazer crescer a notoriedade da marca. Este compromisso foi sublinhado nas corridas de resistência, através de uma parceria com a equipa Signature, que tem conquistado vários sucessos nos circuitos mundiais.
Em 2021, a Alpine deu os primeiros passos no universo de elite da Fórmula 1, depois de Luca de Meo ter anunciado a decisão da empresa de entrar na competição, com a nova marca Alpine F1 Team.
Esse ano também ficou marcado por outros importantes passos na história da marca: pela primeira vez, a Alpine assumiu o compromisso com a Fórmula 1, o regresso à classe rainha do Campeonato do Mundo FIA de Resistência e o envolvimento no FIA R-GT, com um programa de competição-cliente da Alpine Rally.
Ainda em 2021, a equipa terminou o Mundial de Construtores da Fórmula 1 no quinto lugar, registando a melhor época de estreia de uma equipa de Fórmula 1 desde que a Brawn GP conquistou o título, em 2009. Em 2022, após uma grande adaptação à significativa revisão dos regulamentos, a equipa esteve ainda melhor, ao terminar o Mundial no quarto lugar.
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