OS PROTÓTIPOS DO R5 ELÉTRICO, COM BASE NA NOVA PLATAFORMA CMF-B, COMEÇARAM OS TESTES DE RESISTÊNCIA E AS AFINAÇÕES FINAIS
-
Com revelação prevista para 2024, o Renault 5 elétrico dá um vislumbre do seu futuro “eu” através de uma visão da sua génese e desenvolvimento
-
Um primeiro e decisivo passo na conceção do futuro modelo de produção: testar os primeiros protótipos, também conhecidos como "mulas de testes", em todos os tipos de terreno e pisos, inclusive em condições de frio extremo
-
Estas unidades de testes (“mulas”) são as primeiras a utilizar a nova plataforma CMF B EV da Aliança (“CMF” para Família de Módulos Comuns, “B” para o segmento em que se insere, o B, e “EV” para os Veículos Elétricos)
-
A nova plataforma totalmente elétrica representa custos de fabrico 30% inferiores aos de um ZOE
“Mulas”: os primeiros protótipos do novo R5
Para desenvolver, afinar e calibrar o futuro R5 elétrico, os peritos da Renault estão atualmente a testar com os primeiros nove protótipos.
Mas apesar de ainda serem “mulas de testes”, a plataforma, a unidade motriz e a bateria são tecnicamente as mesmas que serão utilizados no futuro automóvel de produção. Com um desenho baseado na silhueta do Clio, as unidades de testes ainda não se parecem com o futuro modelo. Aliás, um olhar atento confirma a existência de uma portinhola de recarga.
Alternando entre os aperfeiçoamentos estáticos e dinâmicos, bem como os testes de resistência, estas “mulas de testes” estão a ser levadas aos extremos este inverno, seja em condições de baixa aderência (gelo e neve), em Arvidsjaur (Lapónia Sueca), mas também em condições de média e alta aderência nos centros técnicos da Renault, em Lardy (na área da grande Paris) e Aubevoye (Normandia).
O centro técnico de Aubevoye: Reproduzindo todas as condições a que os utilizadores possam vir a sujeitar o seu automóvel
A fábrica da Renault em Aubevoye é única, uma vez que dispõe de meios e ferramentas de última geração para reproduzir qualquer tipo de situação extrema a que os veículos poderão ser colocados nas mãos dos clientes: são 613 hectares, 35 pistas que cobrem uma área de 60 km, 42 linhas de testes, dois túneis de vento e 18 câmaras de corrosão. Um conjunto de estruturas escondidas em 272 hectares de floresta para proteger os protótipos de olhares indiscretos.
Teste em condições de frio extremo
Os testes realizados não muito longe do Círculo Polar Ártico, na região de Arvidsjaur, no extremo norte da Suécia, são ideais para sujeitar o automóvel a condições extremas. Uma região de gelo e lagos congelados, onde alguns dias de inverno chegam mesmo a atingir os -30°C e que é fustigada por ventos quase insuportáveis. O desempenho mecânico do automóvel é posto à prova para garantir que as plataformas de teste do Renault 5 elétrico resistem a temperaturas e condições extremas. O motor juntamente com outras peças – incluindo as baterias – são colocados sob vigilância. Também são realizadas verificações sobre o desempenho dos sistemas a bordo, como o aquecimento, o desembaciamento e o degelo, enquanto os travões, os amortecedores e o ESC (Controlo Eletrónico de Estabilidade) são monitorizados para funcionarem de forma eficaz na neve. Por outro lado, são realizados testes para garantir que a neve em pó não se acumula nos travões. No fundo, uma vasta gama de parâmetros que não podem ser replicados numa instalação de teste, já que apenas os testes no “mundo real” e em clima frio servem o objetivo final.
"Os testes em curso com os protótipos ajudam-nos a confirmar as decisões tomadas em termos de conforto e desempenho do próximo Renault 5 elétrico. Os primeiros testes são uma clara indicação de que é um descendente digno do Megane E-TECH Electric e que terá o melhor desempenho do segmento; resultados encorajadores que nos levam a avançar com os testes até ao lançamento comercial, agendado para o próximo ano.”
Jérémie Coiffier, Responsável de Engenharia da família de modelos B-EV
A primeira incursão da Plataforma CMF-B EV
Utilizada pela primeira vez no novíssimo Renault 5 elétrico, a nova plataforma CMF-B EV foi desenvolvida com o objetivo de ser a mais competitiva do segmento e com o melhor desempenho da categoria. Uma plataforma que herda 70% dos componentes da plataforma CMF-B utilizada no Clio e no Captur. Em comparação com o ZOE, a plataforma CMF-B EV permitirá uma poupança de 30% nos custos de produção.
A nova plataforma modular é mais fácil de produzir, de desenvolver e de otimizar o desempenho da próxima geração de automóveis elétricos do segmento B. As vantagens deste novo design significam que uma nova geração de automóveis elétricos pode ser criada, com vias e distâncias entre eixos ajustáveis, de modo a permitir diferentes tipos e estilos de carroçaria. Tal como o Megane E-TECH Electric, o futuro Renault 5 electric será a referência do seu segmento em prazer de condução. O chassis otimizado com um eixo traseiro multibraços (normalmente reservado para os segmentos superiores) e um centro de gravidade mais baixo, com baterias instaladas sob o piso, irá assegurar um melhor desempenho dinâmico.
“A nova plataforma CMF-B EV é uma grande oportunidade do ponto de vista do "produto", porque significa que o futuro Renault 5 electric garantirá um verdadeiro prazer de condução, mantendo-se, ao mesmo tempo, muito competitivo para o seu segmento”.
Delphine De Andria, Diretor de Desempenho de Produto do Segmento B-EV
O novo motor e as baterias também são colocados à prova
O compartimento do motor na plataforma CMF-B EV é mais compacto, uma vez que os componentes de um motor elétrico são mais reduzidos do que os utilizados num motor de combustão interna.
O motor elétrico do novo Renault 5 será baseado no motor síncrono excitado eletricamente já testado e experimentado, que é utilizado principalmente no ZOE e no Megane E-TECH 100% Eléctrico. Não só tem um melhor rendimento do que um motor de imã permanente, como também não requer metais de terras raras, o que significa que os custos de produção em grande escala e o impacto ambiental são ambos mais baixos.
Além disso, o motor irá beneficiar de uma nova arquitetura interna, combinando três componentes principais:
- o conversor DC/DC que converte os 400V da bateria em 12V;
- o carregador da bateria;
- o elemento acessório que gere a distribuição de potência.
Ao reunir as diferentes funções desempenhadas por estes três componentes numa única caixa, o motor é mais pequeno e mais leve. Cerca de 20kg mais leve do que o utilizado pelo ZOE, o futuro motor elétrico do Renault 5 será mais agradável e dinâmico de utilizar do que o seu predecessor.
O novo conjunto de baterias também ajudará a dar ao automóvel a vantagem competitiva procurada pela Renault. A mudança dos 12 módulos vistos na bateria do ZOE, para 4 módulos maiores, significa que a arquitetura é mais simples e 15kg mais leve. Equipado com uma única camada de módulos, o pack de baterias ajusta-se, na perfeição, à nova plataforma. Assim, o futuro Renault 5 elétrico precisará de menos espaço para transportar mais kWh.
Também foi tido um cuidado especial em alojar o conjunto de baterias dentro da plataforma para uma maior proteção. A sua colocação proporcionará uma rigidez acrescida à parte inferior da carroçaria, melhorando ainda a acústica e o prazer de condução.
Leia o comunicado de impresa
Tags: