Estigma e comunicação inclusiva, no contexto da saúde, em debate na ENSP-NOVA

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A iniciativa surge no seguimento do Laboratório Digital realizado no âmbito da 4ª Edição da Academia para a Capacitação das Associações de Doentes (ACAD), projeto promovido pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP-NOVA), com o apoio da Roche.

Lisboa, 03 de abril de 2023Comunicação em (des)construção: A linguagem enquanto instrumento de transformação social é o mote do evento promovido pela Academia para a Capacitação das Associações de Doentes (ACAD), com lugar na sala 1A31 da Escola Nacional de Saúde Pública, amanhã, dia 4 de abril, entre as 14h30 e as 16h30.

A iniciativa surge no contexto do Laboratório Digital – uma das atividades promovidas no âmbito da quarta-edição do projeto – e através dela pretende-se criar um momento de reflexão-ação que permita, por um lado, pensar e enquadrar o conceito de estigma, compreendendo de que forma é que ele se encontra presente nos vários contextos sociais nos quais a sociedade se move, e, por outro lado, avaliar de que forma é que as atitudes e comportamentos estigmatizantes, designadamente no contexto da saúde, interferem no acesso igualitário aos cuidados de saúde e encontram reflexo no recurso a várias formas de linguagem.

A iniciativa promoverá, também, um momento reservado à apresentação de um conjunto de recomendações e de boas práticas, no quadro da comunicação inclusiva, que serão enviadas às associações de doentes e demais advocates, bem como à Comissão Parlamentar de Saúde e à Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género. O documento com a sistematização das recomendações será, ainda, tornado público através das plataformas digitais da ACAD.

De acordo com Ana Rita Oliveira Goes, Coordenadora da ACAD, “este é um tema que tem vindo a ser discutido em variadíssimos contextos e em torno do qual não há consenso. Sentimos, no entanto, ser relevante trazê-lo mais uma vez a debate, enquadrá-lo, de uma forma mais consequente, na área da saúde, e tentar que os temas discutidos contribuam para um reforço de consciências, de conhecimentos e de competências das associações de doentes, para que possam estar munidas das ferramentas necessárias para poder reconhecer e sinalizar situações de discriminação no acesso aos cuidados de saúde, quer estas assumam a forma de ações concretas, quer se concretizem no seio da própria linguagem. O papel das associações de doentes, enquanto advocates, não está dissociado de uma responsabilidade coletiva relativamente à forma como comunicam e ao modo como integram, no âmbito da sua comunicação, formas linguísticas mais inclusivas, plurais e democráticas, e essa é, também, uma das razões que motivou a realização desta iniciativa no âmbito daquela que é uma Academia essencialmente centrada no crescimento e empoderamento continuado das associações de doentes”, conclui.

 

O programa conta com as presenças de Diogo Silva da Cunha, Assistente de Investigação no Laboratório Colaborativo para o Trabalho, Emprego e Proteção Social (CoLABOR), de Jo Correia Rodrigues, Pessoa Médica, Ativista e Presidente da Associação Anémona; de Catarina Oliveira, Nutricionista e Consultora para a Diversidade e Inclusão; e de organizações como a ILGA Portugal, o Centro Interdisciplinar de Estudos de Género (CIEG), a Plataforma Saúde em Diálogo e a Associação Anémona, entre outros atores de relevo que têm vindo a pensar a inclusão e o acesso igualitário aos cuidados de saúde.

O evento será realizado em formato híbrido (presencial e online).

A entrada é livre, mas implica inscrição prévia através do seguinte link: https://forms.gle/Qd28LP2htMojgDih8 .

Informações detalhadas sobre a estrutura programática do evento ou sobre as atividades desenvolvidas no contexto da ACAD, aqui: https://linktr.ee/acadativospelasaude??

Sobre a ACAD

A Academia para a Capacitação das Associações de Doentes (ACAD-Ativos pela Saúde) pretende apoiar as associações de doentes a desenvolver e fortalecer o seu papel de atores no sistema de saúde. Dirige-se primariamente aos membros das associações de doentes, mas pretende também alcançar outros atores, fomentando o diálogo colaborativo e contribuindo para dar voz às associações de doentes. O programa formativo da ACAD-Ativos pela Saúde tem como finalidade a capacitação de pessoas e organismos que pretendam advogar pelos interesses dos doentes, contribuindo para a sua preparação, para a gestão e tomada partilhada de decisão, em contexto de políticas de saúde.? 

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