Novas normas europeias reduzem tempo de diagnóstico dos ataques cardíacos
Quanto mais cedo se obtiver um diagnóstico correto e fiável em casos de enfarte do miocárdio, mais rapidamente os doentes podem receber tratamentos que permitem salvar a sua vida. Está comprovado que cada hora de atraso nesta fase aumenta o risco de mortalidade do doente.1 As novas orientações clínicas da Sociedade Europeia de Cardiologia defendem o conceito de algoritmo de 1 hora para o teste cardíaco Troponina T de elevada sensibilidade, como forma de antecipar em duas a cinco horas o diagnóstico do enfarte do miocárdio (ataque cardíaco), melhorando a gestão do doente nas urgências hospitalares.
Estas diretrizes foram apresentadas na mais recente reunião anual da Sociedade Europeia de Cardiologia (SEC), que teve lugar em Londres e contou com a participação de 32.700 cardiologistas e profissionais de saúde da área. Uma das sessões com maior audiência foi a atualização das diretrizes da SEC relativamente às síndromes coronárias agudas (SCA)2. Estas orientações resumem dados científicos sobre o diagnóstico e a gestão de SCA e, com base nessas evidências, apontam recomendações para a tomada de decisão dos profissionais de saúde.
SCA é um termo amplo utilizado pelos cardiologistas que inclui casos como o enfarte do miocárdio (ataque cardíaco). Os doentes com suspeita de SCA tipicamente dirigem-se à urgência do hospital depois de sentirem uma dor inesperada no peito, mas apenas em 10% a 20% desses doentes será confirmado um SCA. Juntamente com o eletrocardiograma (ECG), o teste cardíaco troponina (cTn) tornou-se numa referência no diagnóstico a doentes com suspeita de SCA – particularmente nos cerca de 50% de casos em que os doentes não apresentam alterações no ECG (denominado enfarte do miocárdio sem elevação do segmento ST, NSTEMI). Nestes doentes, o teste cTn ajuda os profissionais de saúde a identificar o enfarte agudo do miocárdio, bem como a excluir a hipótese de o enfarte do miocárdio ser a causa da dor no peito.
Anteriormente, as orientações em caso de NSTEMI indicavam aos profissionais de saúde que avaliassem os níveis de cTn no momento de admissão do doente e passadas 3 a 6 horas, para evitar potenciais diagnósticos incorretos, um período de tempo considerável que pode provocar atrasos no encaminhamento do doente para os cuidados adequados e que contribui para a ansiedade do doente e para um aumento do número de utentes na urgência. Contudo, recentemente, novos estudos clínicos acrescentam que se deve reduzir o tempo de diagnóstico fazendo um melhor uso da sensibilidade melhorada da nova geração de testes cTn – em particular do teste cTnT de alta sensibilidade (Troponin T-hs), da Roche Diagnostics.
Reconhecendo a importância destas conclusões para maximizar o potencial de tratamento eficaz, os protocolos 0- horas e os algoritmos de diagnóstico no espaço de 1 hora são agora suportados pelas diretrizes da SEC como os mais desenvolvidos (Recomendação Classe 1, nível B). De forma notável, dos 14 estudos citados para suportar esta abordagem mais rápida, 10 estudos (71%) usaram o teste Roche Troponin Ths.
“Tendo em conta o elevado nível dos estudos publicados para o teste Roche TroponinT-hs, estas diretrizes reforçam a nossa forte liderança no segmento dos marcadores cardíacos”, refere Mathias Egermark (IBL, Cardiac and Critical Care). “Além disso, as diretrizes atualizadas preparam terreno para uma maior aceitação do algoritmo de 1 hora cTnT-hs, que validámos em mais de 3.000 doentes (estudos APACE e TRAPID-AMI). A publicação dos resultados mais recentes e decisivos do estudo multicêntrico TRAPID-AMI, patrocinado pela Roche, deverá acontecer a curto prazo”, acrescenta.
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