Como se levam ao limite as peças de um automóvel

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/      Rodas, amortecedores, bancos ou portas, tudo é testado ao limite antes do automóvel chegar ao mercado
/          Estes testes destinam-se a comprovar a resistência de todas as peças, a segurança do veículo e o perfeito isolamento da carroçaria
/          As provas a que se sujeitam os protótipos servem também para avaliar o desgaste dos materiais nos climas mais adversos
 
Martorell, 06/12/2017. – A vida das peças de um automóvel inicia-se com uma tortura: as portas são fechadas 30.000 vezes, os bancos são roçados 20.000 vezes e cada tecla é pressionada com 5.000 repetições. Estes são alguns dos testes mais duros a que se sujeita um modelo antes de chegar às mãos do futuro proprietário. A maioria destes testes realizam-se ainda na fase de protótipo. Outras, realizam-se já nas unidades de série, imediatamente antes de saírem da fábrica. O objetivo é garantir a qualidade e a fiabilidade dos componentes individuais e do automóvel no seu todo.
 
-Rodas que dão quatro voltas ao mundo: meia centena de engenheiros testam os protótipos rodando mais de 1,2 milhões de quilómetros por ano em pisos extemos, o equivalente a quatro voltas ao mundo. As peças tanto têm que resistir ao gelo das estradas russas como aos 50 graus do deserto marroquino.
 
-3.000 km de projeção de gravilha: centenas de milhares de pequenos pedaços de gravilha picam incessantemente as zonas inferiores do automóvel. O objetivo é avaliar a resistência destas partes no equivalente a 3.000 quilómetros de condução em terreno irregular.
 
-20.000 roçadelas nos bancos: entrar e sair do veículo 20.000 vezes seguidas. É o que reproduz a máquina que simula o desgaste dos tecidos sujeitos aos movimentos do condutor e dos ocupantes quando entram e saem do habitáculo. E também se comprime o assento de cada modelo até 20.000 vezes para avaliar a sua resistência ao gesto.
 
-Até 5.000 pressões por tecla: cada botão ou comando do veículo tem que garantir sensação de precisão e de qualidade no toque, e de forma igual em todas as unidades que saem da fábrica. Por isso, as teclas do sistema de navegação, do rádio ou do ar condicionado são postas à prova pressionando-as até 5.000 vezes. O Departamento de Háptica – a ciência que estuda o tato – realiza estes testes três anos antes do modelo ver a luz do dia.
 
-30.000 bater de porta por ano: o som de um bater de porta é das primeiras impressões que o condutor retém para o futuro. Por isso, realizam-se 30.000 fechar de portas por ano para garantir que todos os modelos emitam um som curto e seco, sem vibrações, que transmita uma sensação de estanquicidade imediata.
 
-Chuva diluviana de 2.500 litros: resistir a uma chuva das monções com 2.500 litros de água, que se reciclam a cada prova, durante 10 minutos é um dos testes a que se sujeitam os mais de 2.200 veículos que saem diariamente da linha de montagem. Cada unidade terá de ultrapassar este teste, comprovando que o habitáculo é completamente estanque.
 
-2 milhões de kms de testes no veículo: confirmar o funcionamento dos travões e garantir que não existem ruídos parasitas é o objetivo desta prova, a última a que se sujeitam os veículos antes de saírem para o concessionário. Os condutores que ultrapassam este último desafio percorrem um total de 2 milhões de quilómetros por ano num circuito com desníveis, empedrado e seis superfícies distintas.

SEAT é a única companhia no seu setor com capacidade total para desenhar, desenvolver, fabricar e comercializar automóveis em Espanha. Membro do Grupo Volkswagen, a multinacional tem a sua sede em Martorell, Barcelona, exportando mais de 81% dos seus veículos, estando presente em mais de 80 países, através de uma rede de 1.700 concessionários. Em 2016, a SEAT teve um lucro operacional de 143 milhões de euros, o valor mais elevado da história da marca, e vendeu cerca de 410.000 unidades.
 
O Grupo SEAT emprega 14.500 profissionais nos seus três centros de produção: Barcelona, El Prat de Llobregat e Martorell, onde fabrica, entre outros, os tão bem-sucedidos modelos Ibiza, Leon e Arona. Adicionalmente, a companhia produz o modelo Ateca e o Toledo na República Checa, o Alhambra em Portugal e o Mii na Eslováquia.
 
A multinacional espanhola tem um Centro Técnico que se configura um “núcleo de conhecimento” que integra cerca de 1.000 engenheiros que têm como objetivo contribuírem como força impulsionadora de inovação, do maior investidor industrial I&D em Espanha. A SEAT disponibiliza a mais recente tecnologia de conetividade na sua gama de veículos e está empenhada num processo de digitalização global da empresa para impulsionar a mobilidade do futuro.

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