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Luca de Meo: “O futuro da indústria automóvel apresenta muitos desafios, mas também muitas oportunidades”

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/         O Presidente da SEAT reflete sobre o papel da indústria espanhola e as mudanças da quarta revolução industrial
/         De Meo: “A palavra chave é a cooperação. Todos os setores têm que trabalhar em conjunto”
 
O Presidente da SEAT, Luca de Meo foi o protagonista do encontro do Círculo Financeiro da Sociedad Económica Barcelonesa de Amigos del País (SEBAP). Num encontro presidido por Isidro Fainé, Presidente da CriteriaCaixa e da Fundação Bancária “la caixa”, de Meo enumerou os desafios que a indústria em geral, e a do automóvel em particular, irá enfrentar nos próximos anos.
 
Na conferência, sob o título “Password: cooperação”, o Presidente da SEAT sublinhou a importância da indústria automóvel para Espanha: “Nos dias de hoje, é um pilar de desenvolvimento económico do país. Gera mais de 250.000 empregos diretos e tem quase dois milhões de trabalhadores ligados ao setor”, um valor equivalente a 9% da população ativa do país.
 
O excelente momento que a SEAT atravessa atualmente foi outro dos temas abordados por Luca de Meo. “Em 2017 vendemos mais de 468 mil veículos, fabricámos 455 mil automóveis em Martorell, exportámos 80% da produção e empregámos quase 15 mil pessoas. E tudo isto se traduziu em lucros de 281 milhões de euros”. De Meo quis sublinhar que “o que verdadeiramente me enche de orgulho é ajudar a criar prosperidade e progresso na organização e à sua volta. A SEAT representa 0,8% do PIB espanhol e quase 3% das exportações. E podemos afirmar que, por cada trabalhador da SEAT, são gerados sete empregos indiretos, ou seja um total de 100 mil empregos”.
 
A quarta revolução industrial e o investimento em I+D
 
Sobre a quarta revolução industrial, de Meo destacou que “a diferença para as anteriores é a de que não é a indústria que está a transformar a sociedade, mas sim a sociedade que, com as alterações nos hábitos de consumo desenvolvidos com o acesso à Internet e a híper-conectividade, está a obrigar-nos a mudar a indústria. Hoje, o cliente manda mais do que nunca”.
 
No que diz respeito ao investimento em I+D em Espanha, área onde os números colocam o país longe da média dos seus pares, o Presidente da SEAT destacou que “a inovação é a chave para que não apenas a indústria espanhola, mas também a sociedade em geral, possa continuar a evoluir na transformação exigida neste mundo”. E neste aspeto, sublinhou que “na SEAT, apostamos seriamente na inovação. Somos a empresa industrial com maior investimento em I+D em Espanha. No ano passado, investimos 962 M€ em I+D, 10% do total de faturação e 3% do total investido em Espanha”.
 
Um dos melhores exemplos de investimento da empresa está na implementação da Indústria 4.0 em Martorell, para que esta seja “uma das melhores smart factories do país”. De Meo sublinhou que “recorremos a veículos guiados autonomamente para o transporte de peças, utilizamos óculos de realidade virtual na manutenção, para que o operário esteja literalmente dentro do mundo virtual e, na movimentação de cargas mais pesadas, utilizamos exosqueletos que facilitam a tarefa dos trabalhadores”.
 
Os desafios da Indústria 4.0
 
Entre os diversos desafios que chegam com a implementação da Indústria 4.0, está o enquadramento dos trabalhadores. Para Luca de Meo, “não devemos confundir o desaparecimento de postos de trabalho com a destruição de profissionais: podemos reorientar a natureza do trabalho e os trabalhadores podem ter formação para que ajustem todo o seu potencial e para que se transformem em conjunto com a indústria. Dentro de 10 anos, calcula-se que 50% das pessoas trabalhará em funções distintas das que têm hoje, algumas das quais ainda por inventar”. Por outro lado, um dos desafios deste novo modelo industrial é o da sustentabilidade. “As crescentes exigências ambientais obrigam a um desenvolvimento irreversível das energias renováveis. Os próximos 25 anos ficarão marcados pela necessidade de reduzir as emissões quase para metade para cumprir a legislação”, sublinha de Meo.
 
Para terminar a sua intervenção, Luca de Meo relembrou o papel que todos os players têm nesta transformação. “O desenvolvimento da Indústria 4.0 em Espanha oferecerá muitas oportunidades ao setor, mas também precisará da contribuição das empresas, dos trabalhadores e das instituições”, apontou o Presidente da SEAT. Para que este novo modelo industrial seja um sucesso, “será necessário contar com um quadro legislativo e institucional estável, que permita às empresas conhecer de forma clara as condições e as regras do enquadramento operacional em que iremos operar”. Para de Meo, a palavra-chave que resume o processo deve ser a de “cooperação”. Neste sentido, defende que “todos os setores deverão trabalhar em conjunto na criação de um ecossistema, já que os contratempos, os desafios, oportunidades e objetivos são comuns a todos”.
 
SEAT é a única companhia no seu setor com capacidade total para desenhar, desenvolver, fabricar e comercializar automóveis em Espanha. Membro do Grupo Volkswagen, a multinacional tem a sua sede em Martorell, Barcelona, exportando 80% dos seus veículos, estando presente em mais de 80 países. Em 2017, a SEAT obteve 281 milhões de euros de lucros depois de impostos e vendeu perto de 470.000 veículos.
 
O Grupo SEAT emprega 14.700 profissionais nos seus três centros de produção: Barcelona, El Prat de Llobregat e Martorell, onde fabrica o Ibiza, Leon e Arona. Adicionalmente, a companhia produz o modelo Ateca e o Toledo na República Checa, o Alhambra em Portugal e o Mii na Eslováquia.
 
A multinacional espanhola tem um Centro Técnico que se configura um “núcleo de conhecimento” que integra cerca de 1.000 engenheiros que têm como objetivo impulsionarem a inovação do maior investidor industrial I&D em Espanha. A SEAT disponibiliza a mais recente tecnologia de conetividade na sua gama de veículos e está empenhada num processo de digitalização global da empresa para impulsionar a mobilidade do futuro.

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