Telefónica e SEAT apresentam primeiro caso de utilização de assistência à condução através da rede de telemóvel num cenário real na Segóvia
- O piloto demonstra como a infraestrutura da estrada “comunica” com os veículos através da rede móvel existente emitindo avisos ao automóvel perante qualquer perigo ou imprevisto
- Pela primeira vez em Espanha, é testado o protocolo C-V2X para as comunicações veiculares
- A iniciativa representa mais um passo no projeto Cidades Tecnológicas 5G da Telefónica para converter Talavera e Segóvia numa antevisão das possibilidades do 5G
Segovia, 24/07/2018. – Telefónica e SEAT apresentaram hoje o primeiro caso de uso do projeto Cidades Tecnológicas 5G na Segóvia ao equiparem um veículo e a infraestrutura rodoviária com tecnologia que lhes permite trocar informação, convertendo-se no primeiro passo para o uso da rede móvel nas comunicações veiculares V2X em cenário urbano real.
A SEAT disponibilizou um veículo do modelo Ateca equipado com a última tecnologia em conectividade e modificado para poder fazer advertências ao condutor através do painel de instrumentos. A iniciativa também se realizou em colaboração com a FICOSA, que fabricou o dispositivo de comunicações C-V2X integrado no veículo; SICE, fabricante e concessionária da infraestrutura rodoviária e que contribuiu ao dotar de conectividade as estruturas de semáforos, e a NOKIA, responsável pelo desenvolvimento e montagem de um servidor MEC (Multi-access Edge Computing) que resulta na plataforma de comunicação entre o veículo e a infraestrutura rodoviária.
Especificamente, os dois exemplos de condução assistida que foram demonstrados em Segóvia são estes:
- Aviso ao veículo por parte do semáforo de que existe um peão a atravessar na passadeira numa esquina fora da linha de visão à direita. Se o condutor, efetivamente, evidenciar a sua intenção de virar à direita ativando o indicador de mudança de direção, o veículo mostra no painel de instrumentos o aviso de que está um peão na passadeira
- Aviso ao veículo por parte do semáforo de que este está a prestes a passar para vermelho. É o veículo que calcula se, mediante a sua posição, velocidade e trajetória, tem tempo para passar o semáforo. Em caso negativo, um alerta é disparado no painel de instrumentos de modo a que o condutor possa realizar uma travagem controlada.
Para torna-lo realidade com menores tempos de ação e mais estáveis, foi fundamental o recurso ao servidor MEC, carregado com a aplicação que faz a mediação entre a infraestrutura e os veículos e que permitiu esta utilização em pré 5G.
Ambos os casos estão baseados no protocolo estandardizado C-V2X, usado pela primeira vez em Espanha com esta demonstração, para permitir as comunicações veiculares através das infraestruturas de comunicações móveis existentes. Mostra-se assim o potencial que existe na combinação do protocolo C-V2X com a informação recolhida através de sensores adicionais (uma câmara de deteção de presença de peões instalada num semáforo), para proporcionar informação em torno do veículo e aumentar a segurança da estrada.
Tal como destacou Mercedes Fernández, responsável pela Inovação da Telefónica Espanha: “a vantagem de aplicar a tecnologia C-V2X sobre a rede móvel é a de proporcionar aos veículos uma informação adicional do ambiente rodoviário, o que permite aproveitar a infraestrutura da rede existente sem ter que fazer investimentos específicos. Graças aos menores níveis de latência obtidos com as melhorias introduzidas na rede LTE 4,9 (pré 5G), podemos oferecer novos níveis de condução assistida. À medida que a rede for evoluindo e as latências forem mais baixas, os casos de uso evoluirão com a condução cooperativa e condução autónoma”.
Pela sua parte, Fabian Simmer, Digital Officer da SEAT, sublinha que “a companhia está a acelerar a sua transformação digital e o seu compromisso de ser uma das referências do automóvel conectado. O desenvolvimento destes primeiros casos de interação do automóvel com a tecnologia pré 5G permite-nos avançar no nosso objetivo de oferecer aos condutores uma melhor e mais segura experiência ao volante”.
Álvaro Sánchez, diretor da conta da Telefónica Espanha na Nokia, destacou: “O Multi-access Edge Computing é um dos pilares da arquitetura do 5G, providenciando recursos de processamento próximos do local onde são precisos, o que possibilita aplicações com resposta praticamente em tempo real. E isto é fundamental para o recurso à condução assistida e à sua evolução, já que uma fração de segundo pode representar uma diferença importante na segurança rodoviária”.
Na apresentação, Clara Luquero, a autarca de Segóvia, enfatizou que “a escolha de Segóvia como cidade piloto para o desenvolvimento da tecnologia 5G, com casos práticos do uso da condução assistida através da rede móvel, é mais um exemplo do interesse que desperta esta capital de província na revolução digital e corrobora o trabalho que tem sido realizado no desenvolvimento ativo desta nova área económica”.
Da sua parte, o vereador José Bayón garantiu que “este tipo de ações consolidam a estratégia de Segóvia em posicionar-se num novo contexto de economia digital e demonstram o interesse que as empresas tecnológicas têm pela nossa cidade, devendo, seguramente, implantar-se em maior número e crescer nos próximos anos, gerando emprego e bem-estar.”
Esta experiência enquadra-se no projeto Cidades Tecnológicas 5G, posto em marcha pela Telefónica no passado mês de janeiro para converter Talavera de la Reina e Segóvia em cenários reais de 5G onde serão postos em uso tanto o desenvolvimento tecnológico como os casos de uso que põem em evidência as capacidades da nova geração da rede de telefones móveis.
SEAT é a única companhia no seu setor com capacidade total para desenhar, desenvolver, fabricar e comercializar automóveis em Espanha. Membro do Grupo Volkswagen, a multinacional tem a sua sede em Martorell (Barcelona), exportando 80% dos seus veículos, estando presente em mais de 80 países dos cinco continentes. Em 2017, a SEAT obteve 281 milhões de euros de lucros depois de impostos, vendeu perto de 470.000 veículos e alcançou um volume de negócios recorde superior a 9.500 milhões.
O Grupo SEAT emprega mais de 15.000 profissionais nos seus três centros de produção: Barcelona, El Prat de Llobregat e Martorell, onde fabrica o Ibiza, o Leon e o Arona. Adicionalmente, a companhia produz o modelo Ateca e o Toledo na República Checa, o Alhambra em Portugal e o Mii na Eslováquia.
A multinacional espanhola tem um Centro Técnico que se configura um “núcleo de conhecimento” que integra cerca de 1.000 engenheiros que têm como objetivo impulsionarem a inovação do maior investidor industrial I&D em Espanha. A SEAT disponibiliza a mais recente tecnologia de conetividade na sua gama de veículos e está empenhada num processo de digitalização global da empresa para impulsionar a mobilidade do futuro.
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