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Hospital de S. João inova na cirurgia de recémnascidos com problemas cardíacos congénitos

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Um cateter de reduzida dimensão foi utilizado de forma inédita para realizar ecocardiogramas transesofágicos1 a recém-nascidos e lactentes durante intervenções cirúrgicas que visam corrigir problemas cardíacos congénitos. Graças a este novo instrumento, os cirurgiões cardiotorácicos pediátricos conseguem monitorizar a intervenção cirúrgica, o que lhes permite avaliar e corrigir em tempo real - durante a operação - problemas que, anteriormente, só seriam detetados a posteriori, e que exigiriam uma segunda cirurgia.

As primeiras intervenções foram realizadas no Hospital Pediátrico Integrado do Centro Hospitalar de São João, no Porto, num ensaio clínico apoiado pela Siemens Healthcare emPortugal e realizado por Cláudia Moura e Patrícia Costa, duas investigadoras do Serviço de Cardiologia Pediátrica deste hospital e da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Os seus resultados foram já publicados na revista científica Pediatric Cardiology e apresentados hoje no XXXVI Congresso Português de Cardiologia, no âmbito da sessão especial “Inovação: O melhor da Indústria”.

Até aqui, esta monitorização não era possível porque os ecocardiogramas transesofágicos exigem a introdução de uma sonda que permite visualizar o interior do corpo mas, pela sua dimensão, as sondas existentes não podem ser introduzidas com segurança em pacientes com menos de cinco quilogramas.

“Realizámos ecocardiografia transesofágica em crianças com peso inferior a cinco quilogramas utilizando este cateter intravascular ultrafino da Siemens, que é único em todo o mundo, e nos cinco casos de cirurgia já efetuados confirmámos a eficácia e segurança da nova metodologia”, relata Cláudia Moura. “As imagens que obtivemos têm melhor qualidade do que tínhamos antecipado e permitiram realizar uma avaliação intra-operatória da função ventricular e das lesões residuais que nos dá a perceber se a correção cirúrgica foi realizada com sucesso”, refere Patrícia Costa. Esta questão é especialmente relevante em recém-nascidos e bebés muito pequenos, em que só era possível confirmar eficazmente o sucesso da intervenção após a saída do bloco operatório, referem as autoras. Ao evitar segundas intervenções, estes bebés não serão submetidos a novas anestesias gerais nem a mais procedimentos invasivos, e a nova metodologia representa, exatamente pelos mesmos motivos, uma redução significativa de recursos e custos clínicos.

Refira-se que este tipo de procedimento apresenta habitualmente custos significativos mas, neste caso, o cateter da Siemens pode ser reutilizado, depois de realizadas os procedimentos de esterilização que são hoje aplicados às sondas dos ecocardiogramas transesofágicos, ultrapassando igualmente o que poderia constituir uma limitação orçamental à utilização da nova solução em mais larga escala.

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