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SONAE CRESCE 6% COM VENDAS A SUPERAR OS 3,1 MIL MILHÕES DE EUROS NO 1.º SEMESTRE DE 2020

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Maia, 26 de agosto de 2020

1.      PRINCIPAIS DESTAQUES DOS RESULTADOS DO 1.º SEMESTRE DE 2020 (1S20):
•       Desempenho muito resiliente em todos os negócios no 1.º semestre, com forte capacidade de adaptação ao contexto desafiante causado pela pandemia
o       Volume de negócios consolidado da Sonae cresceu 5,9% para 3.136 milhões de euros (M€), com aumento das vendas online sem precedentes e ganhos de quota de mercado na maioria dos negócios
o       Rentabilidade operacional estável numa base comparável
•       Evolução do resultado líquido explicada exclusivamente pela pandemia Covid-19, com registo prudente de contingências contabilísticas (non-cash): provisões registadas no 1T e valor inferior na avaliação de ativos imobiliários no 2T
•       Estrutura de capitais reforçada, com a dívida líquida a diminuir 498 M€ e refinanciamentos de mais de 650 M€
•       Investimento ascendeu a 113 M€, refletindo expansão orgânica e aquisições
•       Sonae prosseguiu a sua política de responsabilidade social, tendo o apoio à comunidade já superado os 5 M€
 
Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, afirma: “O segundo trimestre de 2020 foi seguramente um dos trimestres mais desafiantes da história da Sonae. Após um bom início de ano, fomos atingidos pela pandemia Covid-19 em meados de março e foi durante o segundo trimestre que sentimos os principais impactos desta situação sem precedentes. Como afirmei em diversas ocasiões, a nossa principal preocupação desde o primeiro dia tem sido a saúde e a segurança das nossas pessoas, clientes e parceiros, enquanto continuamos a prestar serviços essenciais à sociedade e a apoiar as nossas comunidades. Todos os nossos negócios foram severamente afetados por este contexto adverso, mas tenho orgulho em dizer que a nossa resposta coletiva foi extraordinária. Sinto-me verdadeiramente honrada e privilegiada por liderar uma equipa tão resiliente e generosa. Os últimos meses mostraram não só a coesão e coordenação da equipa de gestão de topo da Sonae, mas também o forte empenho das nossas pessoas a servir os nossos clientes e a cuidar de todos os nossos stakeholders.
O nosso portefólio apresentou um desempenho muito resiliente ao longo das últimas semanas. Gostaria de destacar os desempenhos excecionais da Sonae MC e da Worten, que, num contexto tão desafiante, foram capazes de reforçar as suas posições de liderança no mercado português e crescer mais de 9% e 6% em termos homólogos, respetivamente, neste segundo trimestre do ano. Gostaria também de salientar a resiliência dos restantes negócios do nosso portefólio, principalmente aqueles que foram forçados a encerrar durante a maior parte do segundo trimestre. A Sonae Sierra enfrentou uma situação particularmente desafiante, nomeadamente em Portugal, com todos os centros comerciais praticamente encerrados durante o trimestre e uma elevada incerteza quanto ao recebimento de rendas devido a uma legislação sem precedentes (apesar dos acordos que tinham sido já celebrados com a grande maioria dos lojistas). Globalmente, a Sonae cresceu 5% em termos homólogos no trimestre e o EBITDA subjacente, em termos comparáveis, manteve-se estável face ao ano passado. Este é um desempenho notável, considerando que muitas das nossas operações estiveram encerradas durante várias semanas.
Neste contexto difícil, é essencial manter uma posição financeira sólida para enfrentar o futuro com confiança. Desde o início de 2020, temos sido capazes de reforçar ainda mais a nossa estrutura de capitais através de várias operações de refinanciamento que totalizaram mais de 600 M€, bem como de múltiplas iniciativas de preservação de capital. Esta atuação permitiu-nos manter uma posição de liquidez saudável e honrar os nossos compromissos com todos os stakeholders. Atualmente, todas as empresas do nosso portefólio possuem balanços conservadores, o que será importante para enfrentar os próximos meses.
Ao mesmo tempo que permanecemos profundamente comprometidos em proteger os nossos negócios e em servir os nossos clientes, não perdemos de vista as nossas prioridades de sustentabilidade ambiental e social. Nos últimos meses, continuámos a reforçar as nossas iniciativas de responsabilidade social em várias áreas, nomeadamente através de doações de bens alimentares e iniciativas de apoio governamental relacionadas com a luta contra a Covid-19, e continuámos a alcançar progressos significativos no que respeita às nossas metas de emissões de CO2 e de consumo de plásticos.
Os próximos meses irão trazer diferentes tipos de desafios às nossas equipas e estou confiante de que a Sonae os irá ultrapassar. Temos um portefólio de negócios resiliente e uma sólida posição financeira, mas temos sobretudo as pessoas certas e os valores certos em toda a organização.”

2. ANÁLISE CONSOLIDADA
Semestre de crescimento com resultado líquido a refletir postura prudente face à pandemia
O desempenho consolidado da Sonae no 2T20 teve dois momentos distintos: o período de confinamento, até meados de maio, foi marcado por um forte impacto na maior parte dos nossos negócios, positivo no caso do desempenho de vendas da Sonae MC e da Worten Portugal e condicionado, na Sonae Sierra, na Worten em Espanha e na Sonae Fashion, visto terem sido forçados a suspender as suas operações durante este período. Já no período pós-confinamento registou-se a reabertura de todas as lojas e a redução gradual das medidas restritivas, mas ainda com alguns centros comerciais a operar em horário reduzido e, portanto, a registar um menor número de visitantes.
Do ponto de vista estatutário, em termos homólogos, o volume de negócios consolidado cresceu 6% para 3.136 M€ no 1S20, sendo o crescimento no segundo trimestre (2T20) de 5% para 1.584 M€. O crescimento das vendas foi impulsionado pela rapidez na implementação de fortes medidas operacionais e pelo desempenho sem precedentes das vendas online, permitindo ganhos de quota de mercado na maior parte dos negócios, sendo de destacar o forte contributo da Sonae MC.
Em relação ao EBITDA subjacente, a Sonae alcançou um resultado de 229 M€ no 1S20 (-5%) e de 129 M€ no 2T20 (-7%). Esta evolução é explicada sobretudo pela desconsolidação de dois centros comerciais core (consequência da transação Sierra Prime) nas contas estatutárias da Sonae Sierra e pelo impacto negativo do período de confinamento na Sonae Sierra e na Sonae Fashion. Excluindo o impacto do Sierra Prime, o EBITDA subjacente da Sonae teria permanecido estável em termos homólogos no semestre. Assim, o EBITDA consolidado ascendeu a 256M€ no 1S20, sendo que no 2T20 foi de 128 M€, traduzindo um menor resultado pelo método de equivalência patrimonial da Sonae Sierra e da ISRG.
O Resultado Indireto da Sonae foi impactado sobretudo pela redução do valor dos ativos da Sonae Sierra como resultado da pandemia, um efeito não monetário que pressionou o resultado da Sonae para um valor negativo de 16 M€ no 2T20.
Em suma, no final do 1S20, o resultado líquido atribuível a acionistas situou-se em -75 M€, principalmente influenciado pelo total de contingências contabilísticas (non cash) de 76 M€ no 1T20 e pela redução da avaliação do portefólio da Sonae Sierra no 2T20, ambas diretamente relacionadas com o Covid-19.
De realçar que, apesar da situação de pandemia, no 2T20 o resultado direto foi positivo, em 6 M€.

Redução da dívida em 498 milhões de euros e investimento de 113 milhões de euros
A Sonae continuou a manter a sua solidez financeira, tendo a dívida líquida total diminuído 498 M€ em termos homólogos, ou 28,4%, para 1.257 M€. As condições de financiamento da Sonae continuaram a ser caracterizadas por um baixo custo de dívida, que se manteve em 1,2% durante o 1S20 (cerca de 1,0% excluindo a Sonae Sierra), e pelo perfil de maturidade médio que ultrapassou 4 anos.
Além disso, e desde o final de 2019, a Sonae já tinha refinanciado mais de 650 M€ em empréstimos de longo-prazo. Tal como já mencionado no anúncio de resultados do 1T, com estas operações, o grupo aumentou o perfil de maturidade média, aumentou a diversificação dos bancos de relacionamento e reforçou de forma significativa a sua estrutura de capitais. O aumento da resiliência do balanço no contexto adverso atual permite à Sonae encarar os próximos meses com maior confiança e perseguir os objetivos estratégicos do grupo em melhores condições. Todos os negócios do portefólio mantiveram balanços sólidos e conservadores.
Nos primeiros seis meses do ano a Sonae continuou a investir, tendo o investimento ascendido a 113 M€, dos quais 89 M€ realizados pela Sonae MC.

Gestão ativa de portefólio com reforço de participações
No 1T20, a Sonae Sierra criou o Sierra Prime, uma joint-venture líder no setor imobiliário de retalho com APG, Allianz e Elo, a qual inclui os ativos mais icónicos da Sonae Sierra. Este foi um importante marco na estratégia de reciclagem de capital da empresa bem como no seu negócio de propriedade e gestão de investimentos. No 2T20, a Sonae Fashion adquiriu a restante participação de 50% na Salsa, estando agora melhor preparada para levar a empresa a um novo nível de crescimento. Já no 3T20, a Sonae reforçou a sua posição na NOS e anunciou o acordo de dissolução da parceria na ZOPT. Quando executadas estas operações, a Sonae irá garantir uma posição autónoma de 33,45% na NOS.
Proteção dos colaboradores e criação de mais de 1.500 empregos na Sonae MC
O importante papel social da Sonae e das suas participadas traduziu-se ao nível do emprego, sendo de destacar a criação de mais de 1.500 postos de trabalho na área de retalho alimentar nos últimos 12 meses. Face à situação de pandemia, e com o intuito de proteger a saúde e bem-estar dos colaboradores, parceiros e clientes, continuaram a ser implementadas diversas medidas. Os negócios que estiveram encerrados durante o estado de emergência foram abrindo gradualmente desde meados de maio e estão, a esta data, todos a funcionar adaptados à nova normalidade que exige cuidados especiais de higiene e de distanciamento. No caso dos escritórios centrais, bem como em todas as funções em que tal é possível, continua a ser privilegiado o trabalho remoto. Em junho, foi iniciado um retorno gradual aos escritórios em muitos negócios, ainda que mantendo uma baixa taxa de ocupação.

Apoio à comunidade supera 5M€ com resposta à situação de pandemia
A Sonae continuou a reforçar as suas iniciativas de responsabilidade social, tendo o apoio direto à comunidade superado os 5 M€ no 1S20. É de salientar o apoio generalizado às instituições (hospitais, autarquias, centros de apoio) por via da distribuição de milhares de bens alimentares e não alimentares e EPIs (equipamentos de proteção individual) aos mais vulneráveis e em situação de doença, mas também a profissionais de saúde e a forças de segurança. Adicionalmente, foram doadas centenas de computadores a escolas para que as crianças pudessem acompanhar as aulas remotamente.
As empresas Sonae também participaram ativamente nas redes de colaboração criadas para o apoio à comunidade, sendo de destacar o apoio em termos de sourcing internacional ao serviço de instituições públicas, tendo conseguido comprar EPIs num momento de grande necessidade e providenciado toda a logística para o seu transporte para Portugal, bem como para a distribuição pelas entidades e instituições prioritárias (ex. hospitais). Paralelamente, as empresas do portefólio participaram em várias campanhas de angariação de fundos que ascenderam a 1,2 M€, tendo a Sonae doado mais de 150 toneladas de produtos de primeira necessidade.

3. ANÁLISE OPERACIONAL E FINANCEIRA POR NEGÓCIO
Sonae MC cresce 11,5% e reforça posição de liderança
No retalho alimentar, o 2T20 apresentou as mesmas tendências observadas no final do 1T20. Sob um ambiente muito desafiante, a Sonae MC foi capaz de apresentar um forte crescimento de vendas, um bom desempenho na operação de e-commerce e uma posição de liderança fortalecida. No 2T20, o volume de negócios cresceu 9% em termos homólogos para 1.237 M€, com um crescimento de vendas LfL superior a 6% e com um desempenho muito positivo nos i) hipermercados, devido à sua vasta oferta, espaço amplo e perceção de ambiente seguro, ii) supermercados de proximidade, uma vez que os clientes estão mais próximos de casa para suas necessidades diárias e iii) o negócio online, que continuou a registar um crescimento de dois dígitos durante o 2T e permaneceu em níveis elevados mesmo após o fim do período de confinamento. Em relação aos novos negócios de crescimento, após um início desafiante no 2T, com a maioria das lojas fechadas, começaram a registar uma recuperação em junho.
O desempenho das vendas no 2T levou a um volume de negócios de 2.431 M€ no final do 1S20, contribuindo para um crescimento de 11,5% em termos homólogos e um LfL de 8,3%. Este desempenho reflete um impacto extraordinário do Covid-19, demonstrando a superioridade da proposta de valor dos formatos de retalho alimentar da Sonae MC, especialmente importante num setor em que permanece a restrição de 5 clientes por 100 m² nas lojas.
Relativamente à rentabilidade operacional subjacente, o impacto incremental do Covid-19 no lado dos custos, principalmente no 2T, levou a uma margem ligeiramente inferior face ao ano passado. Entre os custos diretos e indiretos relacionados com a pandemia destacaram-se os custos com medidas de higiene e de segurança e prémios pagos aos colaboradores para recompensar o trabalho excecional na linha de frente durante o período de confinamento, juntamente com as mudanças no canal e no mix de produtos que pressionaram a margem bruta. Em suma, a margem EBITDA subjacente situou-se em 9,3% vs 9,5% no 1S19.
Worten cresce 6% no 2T, com online a aumentar a dois dígitos
No retalho de eletrónica, a Worten teve um forte 2T em termos de vendas e rentabilidade, apesar de contextos muito diferentes em Portugal e em Espanha. A procura no canal online continuou a gerar crescimentos de vendas de dois dígitos, sendo o principal impulsionador do desempenho das vendas. Nesse contexto, apesar dos encerramentos em Espanha e como resultado do aumento online, o volume de negócios cresceu 6% em termos homólogos (LfL de 9% nas lojas), atingindo 250 M€ no 2T20 e 482 M€ no 1S20. Destaque para as categorias de TI e entretenimento que registaram um forte crescimento, facilmente compreendido face à situação atual.
No que se refere à rentabilidade, o EBITDA subjacente da Worten melhorou 7 M€ em termos homólogos, para 12 M€ (margem de 4,7%) no 2T, impulsionado pelo desempenho das vendas, nomeadamente em Portugal.

Sonae Fashion vê MO e Zippy a alcançarem vendas online de 2019 apenas num trimestre
Para a Sonae Fashion, o 2T foi atípico e afetado pelo encerramento de todas as lojas, uma vez que as medidas de confinamento estiveram em vigor na maior parte do mesmo. A partir de meados de maio, as lojas começaram a reabrir, ainda assim condicionadas por exigências legais e por uma limitação do número de visitantes nos centros comerciais.
Apesar do contexto adverso e durante o período de confinamento, a Sonae Fashion implementou um conjunto abrangente de medidas com o objetivo de encontrar formas alternativas de venda e aumentar o compromisso dos seus clientes com as suas diferentes marcas. Parte do impacto severo sentido nas vendas foi compensado por um desempenho muito positivo do negócio online que mais do que duplicou face aos valores do ano passado no 2T. Vale a pena destacar a Zippy e MO que registaram valores das vendas online 5x e 6x superiores, respetivamente, tendo atingido o valor das vendas de 2019 em apenas um trimestre. Além disso, o desempenho na reabertura de lojas apresenta resultados encorajadores para enfrentar o resto do ano. Globalmente, o volume de negócios da Sonae Fashion no 1S20 situou-se em 131 M€, diminuindo 25% em termos homólogos.

ISRG com desempenho positivo após reabertura
Após um forte desempenho em 2019, os primeiros meses do ano fiscal da ISRG foram severamente afetados pelo Covid-19, já que a partir de meados de março todas as lojas da empresa foram encerradas em Portugal e Espanha (representando um período de paragem em metade do trimestre). Esta situação implicou que o resultado do método de equivalência patrimonial da empresa incluído nas contas da Sonae fosse negativo em 6 M€ no trimestre.
O desempenho após a reabertura das lojas da ISRG desde junho, em ambas as geografias, tem sido muito positivo e encorajador.

Sonae FS aumenta quota de mercado nos cartões de crédito
O volume de negócios da Sonae FS ascendeu a 17 M€ no 1S20, em linha com o ano anterior. Embora não seja dos negócios mais afetados do portefólio, a atividade da Sonae FS diminuiu nos meses de confinamento, nomeadamente no que diz respeito à emissão de novos cartões de crédito e aprovações de empréstimos pessoais. No entanto, desde meados de maio, o desempenho operacional da Sonae FS começou a demonstrar sinais de recuperação e a sua atividade voltou a níveis históricos, principalmente nas compras através do cartão Universo juntamente com a recuperação da atividade em Espanha após a reabertura das lojas de retalho.
Apesar da desaceleração do mercado de pagamentos com cartão de crédito como um todo (-15% até o final de junho), o cartão Universo foi capaz de registar uma quota de mercado estimada de 18,1% em abril, 16,4% em maio e 14,2% no final de junho, garantindo uma média de 14,7% no 1S20 versus 12,5% no 1S19. Isto representa uma quota de mercado recorde desde a sua criação e no período de confinamento, impulsionada por um forte aumento das compras online em setores como mercearia, roupas e eletrodomésticos, significativamente acima dos números históricos. No final de junho, havia 886 mil cartões Universo ativos, mais 85 mil face ao ano passado.

Sonae IM reforça participações e entra no capital de mais uma empresa tecnológica
O volume de negócios da Sonae IM atingiu 63 M€ no 1S20, tendo no 2T20 registado uma melhoria de 4%. Entre as empresas do portefólio da Sonae IM, destacam-se pela positiva as empresas de cibersegurança que se mostraram mais resilientes à crise do Covid-19, tendo aumentado o seu volume de negócios no semestre a um ritmo de dois dígitos.
Relativamente à atividade de investimento, a principal prioridade tem sido o acompanhamento e apoio às empresas do portefólio e alguns reforços de investimentos têm sido realizados. Apesar de uma desaceleração da atividade de M&A nos meses de março e abril, uma vez que as proibições de viagens e o cancelamento de eventos restringiram a atividade de geração de oportunidades de investimento, o final do 2T20 mostrou alguns sinais encorajadores com a atividade de M&A a começar a recuperar. Durante o 2T20, a Sonae IM fez um investimento early stage numa empresa com uma tecnologia distintiva de short video.
Centros comerciais com resultado afetado por efeito da pandemia na avaliação de ativos
O Covid-19 teve um impacto material no setor imobiliário de retalho durante o 2T, principalmente nos centros comerciais, impactando negativamente todas as unidades de negócio da Sonae Sierra.
Numa base contabilística proporcional, o resultado líquido do 2T20 da Sonae Sierra foi de -56 M€, dividido entre -3 M€ de resultado direto e -53 M€ de resultado indireto, este último relacionado principalmente com reavaliações de ativos durante o trimestre, uma vez que o valor dos ativos sofreu com o aumento das yields e com os impactos operacionais relacionados com a pandemia.
A fase de retorno foi bem-sucedida, com o número de visitantes a evoluir positivamente (embora ainda abaixo dos níveis pré-Covid) e as vendas dos lojistas a mostrar sinais encorajadores. Durante o confinamento, a Sonae Sierra desenvolveu algumas iniciativas, que ainda mantém, com o objetivo de mitigar a perda de vendas dos lojistas, como por exemplo: i) um centro comercial virtual, em parceria com o Dott e ii) uma iniciativa click & collect, aproveitando o parque de estacionamento disponível nos centros comerciais.

NOS reforça provisões e apresenta estrutura de capital robusta
A NOS publicou os resultados do 1S20 no dia 22 de julho. Este 2T foi um trimestre com um impacto do Covid-19 mais expressivo em termos operacionais e financeiros quando comparado ao 1T20, devido a um período de confinamento mais extenso, com todos os segmentos de negócio fortemente afetados.
O volume de negócios da NOS atingiu 667 M€ no 1S20, -7,6% face ao ano passado. O desempenho no 2T refletiu a ausência de espetadores de cinema devido ao encerramento das salas, o decréscimo significativo das receitas de roaming, a suspensão da faturação de canais premium (em abril e maio) e o ambiente mais desafiante que se fez sentir no B2B. A divisão de Exibição Cinematográfica e Audiovisuais foi a mais afetada em termos relativos (mais de 40% em termos homólogos), dado o encerramento completo dos cinemas desde 16 de março. O EBITDA seguiu a mesma tendência e diminuiu 7,8% no 2T para 158 M€ e 6,3% face ao 1S19 para 311 M€ no 1S20.
Em suma, o resultado líquido do 2T20 caiu 5% em termos homólogos para 45 M€ no 2T20, resultante de um decréscimo do EBITDA que foi superior ao ganho de capital contabilístico de 6 M€ resultante da venda da NOS International Carrier Services e no final do 1S20, o resultado líquido foi de 35 M€, fortemente impactado pelos itens não recorrentes relacionados com o Covid-19 já registados no 1T20.
Não obstante, o balanço da NOS permanece sólido, tendo encerrado o 1S20 com uma dívida financeira líquida para EBITDA de 1,8x. Esta posição será reforçada com a venda da NOS Towering à Cellnex, que já foi aprovada pela Autoridade da Concorrência Portuguesa no 3T20.

4. INDICADORES FINANCEIROS
Demonstração de resultados consolidados Milhões de euros 1S19 1S20 2T19 2T20 Var Volume de negócios 2.960 3.136 5,9% 1.511 1.584 4,8% EBITDA subjacente 241 229 -5,3% 139 129 -7,5%
Margem de EBITDA subjacente
8,2%
7,3%
-0,9pp
9,2%
8,1%
-1,1pp Resultados método equivalência patrimonial (1) 49 13 -73,2% 23 6 -73,5%
Itens não recorrentes
-11
14
-
-18
-7
- EBITDA 279 256 -8,3% 145 128 -11,7%
Margem EBITDA
9,4%
8,2%
-1,3pp
9,6%
8,1%
-1,5pp
Provisões e imparidades
-3
-53
-
-2
-7
- EBIT 114 32 - 56 35 -
Resultado financeiro líquido – passivo de locação
-36
-37
-3,4%
-17
-18
-5,6%
Resultado financeiro líquido – financiamento
-21
-18
14,6%
-11
-7
33,4%
Impostos
-1
4
-
-5
-3
- Resultado direto 56 -19 - 24 6 -
Resultado indireto
8
-65
-
9
-45
- Resultado líquido total 64 -84 - 32 -39 -
Interesses sem controlo
-26
10
-
-13
23
- Resultado líquido atribuível a acionistas 38 -75 - 20 -16 -
(1) Resultados pelo método de equivalência patrimonial: inclui resultados diretos pelo método de equivalência patrimonial das contas estatutárias da Sonae Sierra, resultados relacionados com investimentos consolidados pelo método de equivalência patrimonial (principalmente NOS/Zopt e ISRG) e resultados de operações descontinuadas.

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