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Sonae prossegue crescimento no 3º trimestre do ano com aumento de 6% das vendas e reforço da rentabilidade operacional

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PRINCIPAIS DESTAQUES DOS RESULTADOS DO 3º TRIMESTRE DE 2020 (3T20):

  • Portefólio demonstrou resiliência, com todos os negócios a evidenciarem desempenhos sólidos, acima do mercado, apesar do contexto muito desafiante causado pela pandemia
  • Crescimento de vendas e de rentabilidade: volume de negócios consolidado cresceu 6% para 1.773 milhões de euros (M€) e EBITDA subjacente aumentou 9% para 177 M€, com a margem a crescer 0,2pp para 10%
  • Resultado líquido consolidado atribuível a acionistas aumentou 2% no 3T20, para 51 M€, apesar dos efeitos não recorrentes e do impacto negativo da Covid-19
  • Mais de um terço do crescimento de vendas do grupo foi no online, com o e-commerce dos negócios integralmente consolidados a duplicarem nos 9M20
  • Estrutura de capitais permaneceu sólida, com redução da dívida líquida em 287 M€ e refinanciamentos de mais de 650 M€
  • Investimento cresceu 37% para 376 M€, refletindo expansão orgânica e aquisições
  • Reforço do compromisso da Sonae com as Pessoas e o Planeta, com o apoio à comunidade a superar os 8 M€ nos 9M20, a antecipação em uma década do desígnio da neutralidade carbónica, para 2040, e a definição de targets mais ambiciosos para a liderança feminina
  • Já no 4T20, a Arctic Wolf, líder em operações de cibersegurança, tornou-se o segundo unicórnio do portefólio de investimentos da Sonae IM
 
 
Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, afirma: “Decorridos os primeiros nove meses do ano, o mundo continua a combater a pandemia Covid-19. Após um segundo trimestre difícil, marcado por fortes medidas de confinamento, o terceiro trimestre foi ainda um período com muitas restrições que impactaram o nosso dia a dia.
Durante estes últimos meses, temos feito tudo que está ao nosso alcance para proteger a saúde e a segurança das nossas pessoas, clientes e parceiros. Continuo grata e sensibilizada pela resiliência e dedicação das nossas equipas, que continuam a dar tudo o que têm para prestar serviços essenciais aos nossos clientes, tendo demonstrado um enorme carácter e capacidade de adaptação em tempos de constante mudança.
Neste contexto de pandemia, a Sonae continuou a mostrar um desempenho muito resiliente, impulsionado por um conhecimento único dos nossos clientes, uma rápida resposta na frente digital dos nossos negócios e uma capacidade de todo o Grupo de inovar e de se adaptar rapidamente às circunstâncias em mudança.
A Sonae MC reforçou a sua posição de liderança em Portugal, alicerçada nas vantagens do Cartão Continente (que continuou a proporcionar novos benefícios e funcionalidades numa oferta cada vez mais digital e personalizada), bem como na capacidade para escalar rapidamente as entregas do Continente Online e reforçar a sua posição como principal operador de e-commerce alimentar do país. A Worten também continuou a ganhar quota de mercado em Portugal, sustentada por uma abordagem omnicanal de excelência e por múltiplas iniciativas digitais, tendo atingindo pela primeira vez uma quota de mercado online superior à offline. Na Sonae Sierra, os centros comerciais mantiveram-se sob pressão, mas começaram a recuperar visitantes e vendas, tendo a equipa trabalhado em conjunto com os lojistas no sentido de encontrar soluções criativas de maximização das vendas offline e online. As lojas da Sonae Fashion e da ISRG reabriram e mostraram sinais encorajadores, enquanto as vendas online se mantiveram em níveis recorde – em particular na MO, com as máscaras inovadoras MOxAd-Tech a impulsionarem as vendas online e internacionais. A Sonae FS regressou a níveis normalizados de produção de crédito e o Universo atingiu 400 mil clientes digitais. O sólido desempenho operacional da Sonae IM foi altamente impulsionado pelas empresas de cibersegurança do seu portefólio e a Arctic Wolf atingiu uma valorização superior a mil milhões de dólares, passando a ser considerada um “unicórnio”. Por fim, a NOS demonstrou a resiliência do seu negócio core de telecomunicações e concretizou importantes operações que permitiram melhorar a solidez financeira da empresa e garantir um rollout e operação de redes móveis mais rápidas, eficientes e ambientalmente sustentáveis.
Globalmente, no terceiro trimestre a Sonae aumentou o seu volume de negócios em 6% e melhorou o seu EBITDA subjacente em mais de 8% face ao ano anterior, o que nos permitiu ultrapassar o EBITDA subjacente registado nos primeiros nove meses do ano passado. Continuámos a preservar o nosso balanço, implementando várias iniciativas de preservação de liquidez em todos os negócios e refinanciando montantes importantes de dívida. No total, a dívida líquida consolidada do Grupo diminuiu €287 M para €1.233 M nos últimos 12 meses e todos os negócios mantêm níveis de alavancagem conservadores.
Neste contexto de pandemia, decidimos também reforçar o compromisso com as nossas Pessoas e com o nosso Planeta. Publicámos uma versão atualizada do nosso plano para a igualdade de género, com objetivos específicos e ambiciosos para mulheres em cargos de gestão. E, já em novembro, assumimos o compromisso de atingir a neutralidade carbónica até 2040, antecipando em dez anos o nosso objetivo anterior.
Enquanto escrevo estas palavras, e desde o início de outubro, temos assistido a um aumento do número de infeções por Covid-19 em todo o mundo, sendo que os governos estão novamente a implementar restrições mais severas, incluindo novos confinamentos em alguns países. Esta nova vaga irá certamente voltar a testar-nos. Mas, tendo enfrentado a primeira vaga como o fizemos, e dado o atual nível de preparação das nossas equipas, estou certa de que os nossos negócios serão capazes de continuar a satisfazer as necessidades dos nossos clientes e que a Sonae continuará a criar valor para todos os seus stakeholders.”
 
ANÁLISE CONSOLIDADA DO 3T20
O surto da Covid-19 continua a impactar as atividades. Com o fim do confinamento inicial e a reabertura gradual da economia desde maio, os negócios da Sonae foram menos impactados no 3T do que no 2T. Ainda assim, a pandemia teve efeitos significativos, como mudanças nos padrões de consumo, redução do turismo e restrições de convivência, que continuaram a afetar vários negócios no 3T.
 
Trimestre de crescimento das vendas e de aumento do resultado líquido
O volume de negócios e o EBITDA subjacente consolidados da Sonae aumentaram no 3T20, mais do que compensando os valores mais baixos registados no 2T devido ao confinamento. Num período com relevantes restrições e fraca atividade turística, os negócios da Sonae foram rápidos na adaptação a este ambiente sem precedentes e capazes de aumentar as suas quotas de mercado.
No 3T20, o volume de negócios consolidado cresceu 6% em termos homólogos, para 1.773 M€, suportado pelo forte contributo da Sonae MC e da Worten, conduzindo também a um crescimento de 6% nos 9M20 para 4.908 M€. As vendas online dos nossos negócios integralmente consolidados duplicaram nos primeiros nove meses de 2020, face ao período homólogo, e representaram mais de um terço do crescimento de vendas, provando as capacidades digitais e propostas de valor do e-commerce dos nossos negócios.
Em relação ao EBITDA subjacente, a Sonae terminou o 3T20 com uma margem de 10%, representando um aumento de 8,6% em termos homólogos para 177 M€. Esta performance é explicada, uma vez mais, pelos fortes desempenhos da Sonae MC e da Worten, o que permitiu à Sonae manter no final dos 9M20 o valor do EBITDA subjacente registado o ano passado, apesar da desconsolidação de dois centros comerciais core (consequência da transação Sierra Prime) no 1T20 e do impacto negativo do período de confinamento no 2T. Numa base pró-forma, excluindo os ativos do Sierra Prime no 3T19, o EBITDA subjacente da Sonae teria aumentado 14% em termos homólogos no 3T20.
O EBITDA consolidado do 3T20 ascendeu a 180 M€ e nos 9M20 a 436 M€, traduzindo o menor resultado pelo método de equivalência patrimonial da Sonae Sierra e ISRG, ambos relacionados com impactos da Covid-19, e um valor significativo de não recorrentes relativos à atividade de gestão do portefólio da Sonae IM. O Resultado Indireto da Sonae foi uma vez mais impactado sobretudo pelas reavaliações de ativos da Sonae Sierra como resultado da pandemia.
Fruto do forte desempenho operacional, o resultado líquido da Sonae atribuível aos acionistas aumentou 2% no 3T20 face período homólogo do ano passado, atingindo 51 M€. Nos 9M20 o resultado foi principalmente influenciado pelo total de contingências contabilísticas registadas no 1T e pela redução da valorização do portefólio da Sonae Sierra no 2T, ambas diretamente relacionadas com a Covid-19.
 
Investimento aumenta 37% e dívida diminui 287 milhões de euros
A estrutura de capital do grupo permaneceu sólida, com uma redução da dívida líquida de 287 M€ nos últimos 12 meses. Esta evolução foi impulsionada pelo forte perfil de geração de liquidez dos negócios da Sonae, mesmo em contexto de pandemia, e também pelas operações de gestão do portefólio.
As condições de financiamento mantiveram-se praticamente inalteradas no 3T20, com um baixo custo da dívida de cerca de 1,2%, e o perfil de maturidade média manteve-se acima de quatro anos. Desde o final de 2019, a Sonae já refinanciou mais de 650 M€ em empréstimos de longo prazo. De realçar que todas as empresas do portefólio continuaram a apresentar balanços conservadores e sólidos.
Apesar do contexto, as empresas da Sonae continuaram a investir, tendo o investimento (CAPEX) aumentado 36,5% para 376 M€, refletindo a expansão das operações e as aquisições dos restantes 50% da Salsa e de 7,38% do capital na NOS.
Gestão ativa de portefólio com reforço de participações e novo unicórnio
A Sonae prosseguiu com a sua estratégia de gestão ativa do portefólio de negócios ao longo do ano. No 1S20, a Sonae Sierra criou o Sierra Prime, uma joint-venture líder no setor imobiliário de retalho com APG, Allianz e Elo, e a Sonae Fashion anunciou a aquisição da restante participação de 50% na Salsa.
No 3T20, a Sonae reforçou a sua posição na NOS e anunciou o acordo de dissolução da parceria na ZOPT (quando forem executadas, estas operações irão garantir à Sonae uma posição autónoma de 33,45% na NOS), e a NOS concluiu a venda da NOS Towering à Cellnex com um encaixe total de 550 M€. Entretanto, já no 4T20, a Arctic Wolf - líder em operações de cibersegurança - após uma angariação de fundos de USD200 M numa Série E com uma avaliação de USD1,3 mil milhões, tornou-se o segundo unicórnio da Sonae IM, resultando numa mais-valia contabilizada nos capitais próprios de quase 29 M€.
 
Criação de mais de 500 empregos e reforço do Plano para a Igualdade de Género
A Sonae e as suas participadas continuaram empenhadas na proteção das suas pessoas, não só monitorizando a situação pandémica e implementando melhorias contínuas para a segurança dos colaboradores e clientes, como preservando postos de trabalho e criando emprego para mais de 500 pessoas nos últimos 12 meses. O Grupo avançou também com a publicação de uma versão atualizada de seu Plano para a Igualdade de Género, que inclui targets ambiciosos relativos a mulheres em cargos de gestão.
 
Apoio à comunidade supera 8 M€ em resposta à situação de pandemia e às necessidades sociais
Tendo em conta o contexto pandémico e as constantes necessidades sociais, a Sonae e as suas participadas continuaram a desenvolver políticas ativas de responsabilidade social, com o apoio direto à comunidade a superar os 8 M€ nos 9M20. Durante este período desafiante, a Sonae e os seus negócios promoveram a distribuição de milhares de bens (alimentares, não alimentares e EPIs) a instituições sociais, hospitais ou autarquias, e também a doação de centenas de computadores a escolas para apoiar o ensino remoto. Também as competências internas foram postas ao serviço da comunidade, através do apoio no sourcing internacional, logística de transporte e distribuição de EPIs para organismos públicos prioritários. As várias campanhas de angariação de fundos promovidas pelas várias insígnias ascenderam a 1,2 M€, tendo a Sonae doado mais de 150 toneladas de produtos de primeira necessidade.
A Sonae continuou a fazer progressos para reduzir em 54% as emissões de CO2 do Grupo até 2030 (face a 2018), tendo-se comprometido a atingir a neutralidade carbónica até 2040 – antecipando este objetivo em 10 anos.


(Comunicado integral e fotografia da sede da Sonae em anexo)

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