Sonae volta a reforçar rentabilidade no 1º semestre e mantém ganhos de quota de mercado
1. PRINCIPAIS DESTAQUES DO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2012:
Reforço da posição de liderança no retalho alimentar em Portugal com aumento de quota de 0,3 p.p.;
Vendas fora de Portugal cresceram 20% na Sonae SR;
Volume de negócios consolidado atinge 2.531M€ no 1S12, praticamente em linha com o período homólogo;
EBITDA recorrente consolidado aumenta 7% para 269 M€, com uma margem EBITDA recorrente de 10,6%;
Resultado líquido total ascendeu a 36M€, com a parte atribuível aos acionistas de 20M€;
11 Trimestres consecutivos de redução homóloga da dívida financeira líquida e conclusão de novas operações de financiamento que asseguram as necessidades de refinanciamento até ao final de 2013 e parte de 2014;
Apoios totais à Comunidade atingiram 5M€, beneficiando 1.645 instituições;
Compras a produtores nacionais superam os 86% e famílias portuguesas beneficiaram de 206M€ em descontos.
A propósito destes resultados, Paulo Azevedo, CEO da Sonae afirma: “Durante o primeiro semestre de 2012, enfrentámos significativas reduções dos níveis de consumo privado em Portugal e Espanha, determinados pela implementação de várias medidas de austeridade pelos respetivos Governos. Neste período, o crescimento de quotas de mercado e os relevantes ganhos de produtividade e eficiência atingidos pelas nossas equipas permitiram, no entanto, um crescimento de 7% da geração de EBITDA recorrente.
De realçar a capacidade do negócio de retalho alimentar em reforçar a sua posição de liderança no mercado durante o primeiro semestre, através da entrega de mais valor aos consumidores finais, aumentando, em paralelo, as margens EBITDA; e o crescimento contínuo das margens de rentabilidade atingidas pela Sonaecom.
Ao nível da Sonae SR, o negócio de eletrónica de consumo continuou a adaptar-se de uma forma notável às substanciais quedas de mercado, mantendo os seus níveis de rentabilidade, enquanto as reestruturações e redefinições do modelo de aprovisionamento dos negócios de desporto e de moda deverão começar a produzir resultados positivos a partir do último trimestre do ano.
O resultado líquido registou os impactos do aumento do custo da dívida e dos resultados indiretos negativos associados às avaliações de centros comerciais na Península Ibérica. Estes fatores estão, naturalmente, dependentes da evolução da situação económica e de crise de dívida soberana em Portugal e Espanha. A nossa presença fora dos mercados Ibéricos tem mitigado significativamente estes impactos, nomeadamente através dos resultados positivos registados na valorização de centros comerciais no Brasil.
Continuamos a fortalecer a estrutura de capitais, tendo conseguido atingir uma nova redução homóloga do endividamento líquido consolidado, apesar dos significativos investimentos efetuados (incluindo a aquisição de espectro 4G) e da manutenção da nossa política de dividendos. É também importante destacar o facto de termos realizado um conjunto de operações de crédito de médio e longo prazo, que nos permitiram dar por concluído o programa de refinanciamento da dívida com maturidade até ao final de 2013, bem como desde já assegurar parte das necessidades de refinanciamento de 2014.”
2. RETRIBUIR À COMUNIDADE
COMPROMISSO COM AS FAMÍLIAS ATINGIU 206 MILHÕES DE EUROS DE DESCONTOS CONCEDIDOS
O volume de descontos concedidos em cartão e talão pelas insígnias de retalho da Sonae ascenderam a 206M€ nos primeiros seis meses do ano, um valor que representa um aumento de 33% face ao mesmo período do ano anterior. O reforço da política de preços baixos e da atividade promocional traduzem o compromisso da Sonae em estar ao lado das famílias portuguesas em todos os momentos, mas, em especial, nos mais difíceis. As iniciativas realizadas ofereceram uma poupança efetiva para os milhões de clientes das marcas de retalho alimentar e especializado da Sonae.
COMPRAS À PRODUÇÃO NACIONAL NA ÁREA DE PERECÍVEIS REFORÇADA PARA 86%
A Sonae mantém a sua aposta estratégica na produção Nacional, tendo reforçado o peso das compras a fornecedores nacionais na área de Perecíveis, que ultrapassaram os 86% nos primeiros seis meses do ano, tendo-se verificado um aumento de 8 p.p. face ao período homólogo. O resultado alcançado foi impulsionado pela atividade do Clube de Produtores Continente, uma aposta da Sonae que tem permitido apoiar os produtores nacionais do setor agroalimentar a desenvolverem os seus negócios e processos de inovação. O Clube de Produtores Continente foi responsável por um volume de compras de 66 mil toneladas, no 1º semestre.
APOIO À COMUNIDADE ATINGE 5 MILHÕES DE EUROS E BENEFICIA 1.645 INSTITUIÇÕES
A Sonae prosseguiu o seu compromisso com a comunidade durante o primeiro semestre de 2012, tendo as contribuições diretas distribuídas a organizações do terceiro setor atingido os 5 milhões de euros. No total, foram beneficiadas 1.645 instituições que apoiam crianças, jovens e famílias em todo o país, mais 243 do que no período homólogo. A Sonae dedicou uma atenção especial a instituições de solidariedade e associações nas áreas da assistência social, educação, cultura e desporto, nomeadamente através da atribuição de alimentos e bens, da colaboração de equipas com competências técnicas e de apoios financeiros.
3. ANÁLISE OPERACIONAL E FINANCEIRA
Durante o primeiro semestre de 2012, tal como esperado, as medidas adicionais de austeridade implementadas em Portugal e Espanha condicionaram fortemente os níveis de consumo privado em ambos os países. Estima-se, por exemplo, que o consumo privado tenha diminuído, em Portugal, mais de 5% durante este período. Neste contexto económico desafiante, o volume de negócios da Sonae decresceu apenas 2%, para 2,53 mil milhões de euros, uma evolução que só foi possível graças a novos ganhos de quota de mercado, que foram evidentes no negócio de base alimentar e não-alimentar.
As vendas da Sonae MC atingiram 1.535 M€, quase em linha com o ano anterior, apesar das campanhas comerciais realizadas como parte da unificação das marcas de retalho alimentar sob a insígnia Continente no período comparável do ano anterior, o que permitiu ao Continente reforçar novamente a sua posição de liderança no mercado alimentar Português durante o 1S12, com um aumento de quota estimado de 0.3 p.p. O portfólio de marcas próprias e primeiros preços Continente continuou a aumentar o seu peso relativo, atingindo uma representatividade de cerca de 31% nas vendas das categorias relevantes durante este período. O EBITDA da Sonae MC aumentou para 95 M€ ( 16% ou 13 M€), traduzindo uma rendibilidade de 6,2% do respetivo volume de negócios ( 1,0 p.p. face ao 1S11), um resultado muito positivo no atual contexto de retração de consumo. A Sonae MC conseguiu sustentar a sua competitividade no período por via da conjugação de um esforço promocional relevante, alavancado no cartão “Continente” (que esteve na base de cerca de 90% das vendas no período), de um rigoroso controlo de custos e de stocks e de novos ganhos de produtividade.
A Sonae SR alcançou vendas de 544 M€, uma performance em linha com o ano anterior (-1%), com as vendas internacionais a crescerem 20% no período. As vendas fora de Portugal representaram 31% do total das vendas no 1S12, 6 p.p. acima do valor registado no período homólogo. No segmento da eletrónica de consumo, a Worten continua a reforçar a sua posição no mercado Ibérico, estimando-se, para Portugal um aumento da sua quota para mais de 31%.
O EBITDA recorrente atingiu 269 M€ neste semestre, 7% acima do montante alcançado no ano anterior, apesar do impacto da retração de consumo nos mercados ibéricos, que continua a ser especialmente sentido ao nível das categorias discricionárias. Esta performance positiva foi determinada pelo crescimento do EBITDA recorrente nos negócios de retalho alimentar e de telecomunicações, permitindo atingir uma margem EBITDA recorrente consolidada de 10,6%, 1,0 p.p. acima do semestre homólogo.
No 1S12, o resultado líquido total atingiu 36 M€, 11 M€ abaixo do valor registado no período homólogo, em função essencialmente da não existência de resultados não recorrentes associados à venda de ativos pela Sonae RP (vs. 16 M€ registados no 1S11), assim como da menor contribuição da Sonae Sierra, exclusivamente determinada pela evolução negativa dos seus resultados indiretos, associada à valorização de centros comerciais. Neste mesmo período, a parte do resultado líquido atribuível ao Grupo foi de 20 M€.
No 1S12, o investimento total do Grupo ascendeu a 111 M€, tendo sido essencialmente alocado à remodelação e manutenção dos ativos de retalho em Portugal e, no caso da Sonaecom, ao desenvolvimento da rede de telecomunicações, nomeadamente a implementação da rede 4G.
A 30 de junho de 2012, o endividamento total líquido reduziu-se em 54M€, face ao período homólogo, apesar do efeito do pagamento inicial correspondente à aquisição de espectro LTE pela Sonaecom (83 M€) e do pagamento de dividendos aos acionistas da Sonae (66 M€). A Sonae continuou assim a fortalecer a sua estrutura financeira, com o endividamento total a diminuir de forma sustentada e a representar, no final do 1S12, 58% do capital investido (em linha com o período homólogo).
Gonçalo Nobre
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