Testemunhos nacionais assinalam Dia Mundial da Dermatite Atópica

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Na Pele em que Vivo” é o nome de uma campanha nacional baseada em testemunhos de portugueses que vivem com Dermatite Atópica (DA) moderada a grave. A iniciativa será lançada, no âmbito do Dia Mundial da Dermatite Atópica, que se celebra no próximo dia 14 de setembro (imagens da campanha).
 
A DA é uma doença inflamatória crónica da pele, que pode ser que pode ser altamente debilitante e provocar um sofrimento que vai muito para além da pele. Em Portugal, estima-se que existam cerca de 34 mil doentes com DA moderada a grave e destes, cerca 12.5 mil pessoas apresentam DA grave2.
 
Esta iniciativa conta com o apoio da ADERMAP (Associação Dermatite Atópica Portugal) e da SPDV (Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia) e tem como objetivo alertar a sociedade para o verdadeiro impacto que a DA tem na vida dos doentes e seus familiares.
 
“A pele é o maior órgão do nosso corpo, essencial para o nosso bem-estar. Os doentes que sofrem de Dermatite Atópica veem a sua vida muito afetada por esta doença, por isso acreditamos que é nossa missão alertar e sensibilizar a sociedade e as entidades nacionais para esta patologia e apoiar medidas que melhorem a qualidade de vida dos doentes.” afirma Miguel Peres Correia, presidente da SPDV.
 
Por sua vez Joana Camilo, presidente da ADERMAP destaca: “É importante exemplificar que rotinas simples do nosso dia-a-dia, como dormir, vestir ou tomar banho, que para outras pessoas representam momentos de felicidade e descontracção, para nós podem causar um enorme sofrimento e mal-estar, condicionando a nossa vida a vários níveis”.
 
Sobre a dermatite atópica
A patologia afeta cerca de 1-3% da população adulta, e cerca de 15% a 20% das crianças e adolescentes1. Em Portugal, segundo o estudo Nostradamus2, estima-se que existam cerca de 34 mil doentes com DA moderada a grave e destes, cerca 12.5 mil pessoas apresentam DA grave, representando 16% dos adultos com dermatite atópica.

  • A DA inadequadamente controlada é responsável por um forte impacto físico, emocional, psicológico e socioeconómico.
  • A DA moderada a grave é caracterizada por surtos e erupções cutâneas imprevisíveis que podem cobrir grande parte do corpo e provocam prurido intenso e persistente, vermelhidão, lesões e fissuras, crostas e exsudação. Estes sintomas são muitas vezes causadores de perturbações do sono, ansiedade e depressão.
 
Dados de um estudo europeu realizado pela EFA (European Federation of Allergy and Airways Diseases Patient’s Associations):
  •          1 em cada 4 pessoas sente incapacitada para lidar com a vida
  •          23% não têm uma visão optimista sobre a sua vida
  •          28% das pessoas vivem todos os dias com prurido (comichão) na pele
  •          38% declara-se prejudicado no trabalho por causa da sua pele.
  •          45% das pessoas confessa que a dermatite atópica influenciou os seus relacionamentos, vida sexual e hobbies
  •          51% das pessoas tentam esconder a doença
Pode aceder ao estudo Aqui
Fontes:
1Supplements > Atopic Dermatitis: Focusing on the Patient Care Strategy in the Managed Care Setting – Published on: June 20, 2017, Overview of Atopic Dermatitis/ https://www.ajmc.com/journals/supplement/2017/atopic-dermatitis-focusing-on-the-patient-care-strategy-in-the-managed-care-setting/overview-of-atopic-dermatitis-article
2Estudo Nostradamus
3 S. Weidinger and N. Novak, Atopic dermatitis. Lancet. 2016;387:1109–1122
4 T. Zuberbier, S. Orlow and A. Paller, Patient perspectives on the management of atopic dermatitis, J Allergy Clin Immunol, 2006;118(1):226-232.
5 Federação Europeia de Associações de Doentes com Doenças Alérgicas e das Vias Respiratórias 

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