GREVE DO SNPVAC – 25 A 31 DE JANEIRO

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A TAP lamenta profundamente a decisão tomada hoje em Assembleia Geral do SNPVAC que mantém o pré-aviso de sete dias de greve entre 25 e 31 de janeiro e as graves consequências que a mesma terá.
 
Estavam em causa 14 pontos reivindicados pelo SNPVAC. Foram aceites 12, o que representa 85% das propostas em causa.
 
A TAP depende da confiança que os Clientes depositam nos serviços que prestamos.
 
A concorrência nesta indústria global é muito forte e a Companhia disputa o mercado com outras companhias em todas as rotas que opera. Qualquer fator que comprometa esta confiança dos Clientes na TAP põe em causa o caminho de recuperação que temos vindo a percorrer e todo o esforço e sacrifício conjunto que os trabalhadores têm feito.

A estabilidade é fundamental para a empresa. E tem de ser construída com resultados e equilíbrio nas situações que impliquem alterações do caminho percorrido para reconhecer o esforço dos trabalhadores e acomodar as necessidades de manter a competitividade da empresa.
 
É esse sentido de compromisso, de bom senso, que temos procurado alcançar, através do diálogo permanente com os sindicatos.
 
Esta foi a segunda AG do SNPVAC realizada num curto espaço de tempo e vem na sequência de uma recente greve de dois dias, com impactos negativos na operação, nas expetativas dos passageiros, e de 8 milhões nas contas da Empresa.
 
Houve, entretanto, um considerável avanço nas conversações entre a TAP e o SNPVAC, tendo a Companhia aceitado grande parte das reivindicações apresentadas, como já referimos. Por exemplo, no que respeita a destacar um Tripulante de Cabina adicional nos aviões de médio curso Airbus A321LR, no sentido de melhorar o serviço e a carga laboral destes profissionais.
 
Excluídas, ficaram apenas duas medidas com maior peso e com o seguinte racional:

Reconhecimento dos níveis de entrada e respetivos pagamentos (processo CAB0 – CAB1); não aceite, devido a este tema estar atualmente a ser tratado em tribunal, havendo alguns casos já decididos a favor da TAP.
 
Adicionar um Chefe de Cabina nos aviões de longa distância (Airbus A330); não aceite, uma vez que a retirada deste Tripulante foi devidamente aprovada pelo Sindicato e seus Associados, sendo incorporado no Acordo de Emergência, não tendo ao dia de hoje qualquer falha ou dúvida de interpretação adjacente. A cedência desta medida significaria vários milhões de euros, acrescidos ao esforço que já representam todos os pontos aceites, além de colocarem a TAP em desvantagem competitiva com os seus pares europeus que têm hoje menos um elemento também.
 
Em paralelo, e como já referido pela CEO, estava a ser analisada uma recompensa a todos os trabalhadores da TAP, na sequência dos resultados obtidos, e que, brevemente, seria anunciada e que fica agora posta em causa. Com esta nova paralisação serão cancelados 1316 voos e afetados 156 mil passageiros, o que representa um custo total direto estimado de 48 milhões de euros (29,3 milhões em receitas perdidas e 18,7 milhões em indemnizações aos passageiros). Prevêem-se também perdas de 20 milhões adicionais devido ao impacto potencial nas vendas para outros dias e à sub-optimização de outros voos, com passageiros reacomodados.
 
A decisão de avançar com uma greve de 25 a 31 de janeiro deita por terra todo o trabalho de aproximação entre as partes, deixando milhares de clientes da TAP com os seus planos defraudados e afetando seriamente os resultados da Companhia. Num ano especialmente relevante para a concretização do Plano de Restruturação e que conta com desafios acrescidos, como a escalada da inflação, do preço dos combustíveis e a incerteza da procura, a decisão tomada pela Assembleia Geral do SNPVAC é infelizmente um obstáculo no caminho que temos traçado.
 
Teria sido do mais elementar bom senso e de justiça para todos, Tripulantes de Cabina e demais trabalhadores da TAP, seus clientes, parceiros e acionistas, que somos todos nós, ter evitado deitar a perder todo o esforço coletivo que tem sido feito até agora e que tão bem encaminhado estava para chegar a bom porto.

Reafirmamos que manteremos o foco na concretização do Plano de Reestruturação, pressuposto fundamental da obtenção de resultados e da salvaguarda do futuro da empresa.
 
Para tentar mitigar os efeitos desta greve nos nossos passageiros, a TAP está a construir um plano de contingência que permita minimizar os transtornos causados, designadamente, através do ajuste da operação, bem como através da flexibilização de alteração do agendamento das viagens e dos reembolsos de bilhetes.  

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