GREVE DOS TRIPULANTES DE CABINA 8/9 DE DEZEMBRO – SEGUNDO DIA / ATUALIZAÇÃO
A TAP está a operar com serviços mínimos decretados pelo tribunal arbitral e pelos parceiros da Companhia. Até às 17:00 deste segundo dia de greve, dos 119 voos previstos para hoje, a TAP já operou os 82 previstos. Dos 30 voos de serviços mínimos previstos para hoje, a TAP já operou os 19 previstos. Apenas um voo para a Praia foi cancelado, mas devido a falta de passageiros.
Até ao final do dia, a Companhia prevê efetuar a totalidade dos 119 voos programados para hoje, para 36 destinos*, incluindo todos os de serviços mínimos.
No dia de ontem, foram feitos todos os 148 voos previstos, sendo 64 de serviços mínimos.
A TAP gostaria de clarificar que não tem nesta altura menos 20 aviões do que tinha em 2019, como alega o SNPVAC, mas sim menos nove aeronaves ao serviço (105 vs 96). Sobre o número de tripulantes por aeronave, a Companhia cumpre os requisitos legais e do fabricante, estando em linha com os concorrentes comparáveis.
Também não se confirmam quaisquer violações ao atual Acordo de Empresa, cumprindo a TAP sempre e em qualquer circunstância a lei.
A TAP lamenta profundamente esta greve, que prejudica os Clientes, a Companhia e o País e continua, como sempre, disponível para negociar com o SNPVAC, bem como com todos os sindicatos. A TAP em 2020 esteve em sério risco de fechar, mas o esforço e investimento do Governo e dos Contribuintes evitou que isso acontecesse.
A Companhia foi sujeita a um Plano de Reestruturação, que tem sido cumprido muito graças ao esforço de todos os Trabalhadores e devido à restrita política de redução de custos com todos os contratos. Esta política é auditada até ao fim do Plano de Reestruturação, que impede ainda que a TAP volte a receber qualquer ajuda do Estado durante os próximos dez anos.
Esta greve dos Tripulantes de Cabina deve-se a uma forte reação à denúncia dos acordos, em comparação com outras entidades. Recorde-se que o Acordo de Empresa em vigor não é atualizado desde 2006.
Depois da Assembleia-Geral do SNPVAC, o Sindicato apresentou à Companhia 14 pontos para negociar, que poderiam suspender a greve. A TAP aceitou nove desses pontos e antes da negociação tinha deixado claro que não era possível manter a incerteza sobre a operação até 24 horas antes da data da greve, porque isso seria uma irresponsabilidade para com os Clientes. O aviso de greve dos Tripulantes de Cabina levou a TAP a cancelar 360 voos, uma decisão tomada tendo como prioridade a proteção dos Clientes.
A TAP deixou ainda claro ao SNPVAC que seria impossível reabrir o Acordo Temporário de Emergência, uma vez que isso poria em causa o Plano de Reestruturação e a recuperação da Companhia.
Recorde-se que o Acordo Temporário de Emergência foi assinado pelo Sindicato e votado por mais de 80% dos associados, assumindo a recuperação da empresa nos anos seguintes. A atualização dos Acordos de Empresa tem de ser discutida com todos os sindicatos.
No caso dos Tripulantes de Cabina, os maiores desafios passam por:
- A produtividade ser mais baixa do que nos principais concorrentes europeus;
- O absentismo ser mais alto do que a média dos restantes trabalhadores da TAP e mais alto que o dos principais concorrentes europeus.
Mais uma vez, a TAP pede desculpa a todos os passageiros, assegura que tudo está a fazer para minimizar o impacto desta greve e agradece o profissionalismo de todos os Tripulantes de Cabina incluídos nos serviços mínimos, bem como os esforços de todos os trabalhadores da TAP envolvidos nesta operação.
* London (Heathrow e Gatwick), Terceira, Ponta Delgada, Funchal, Frankfurt, Bruxelas, Barcelona, Bilbao, Madrid, Málaga, Toulouse, Nice, Marselha, Marraquexe, Milão, Zurique, Lyon, Nice, Barcelona, Valencia, Munique, Berlim, Dusseldorf, Paris, Genebra, Luxemburgo, São Paulo, Luanda, Sevilha, Roma, Amsterdão, Dublin, Maputo, Porto e Lisboa.
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