RECEITAS RETIDAS NA VENEZUELA PENALIZAM RESULTADOS DE 2015

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Sem “extraordinário” da Venezuela resultado teria sido de -7.6M, melhor em 83.5% do que em 2014
 
Em 2015 a TAP teve um resultado negativo de 99 milhões de euros, que compara com 46 milhões negativos de 2014. Na origem deste agravamento está a necessidade de consolidar um montante de 91,4 milhões referente a vendas na Venezuela cujo valor ainda não foi transferido, situação agravada por diversas desvalorizações cambiais.

Sem este fator extraordinário o resultado teria sido de apenas 7,6 milhões negativos – que compara com os 46 milhões negativos do ano anterior - evidenciando uma clara recuperação face a 2014.
 
As receitas atingiram um total de 2.398 milhões de euros, que comparam com os 2.489 registados em 2014.

O agravamento da situação laboral no final de 2014 e no segundo trimestre de 2015 afetou a confiança do mercado na TAP, mas as principais causas para o resultado negativo resultam da crise económica e política do Brasil, que provocaram não só uma quebra do volume de tráfego mas também uma redução significativa da tarifa média. Embora em menor escala a contração da economia angolana influenciou também negativamente as ligações aéreas afetando também os resultados da Companhia.

Os custos de exploração atingiram o valor de 2.269 milhões, que comparam com 2.341 em 2014. A melhoria resulta, em especial, do reforço das medidas de contenção adotadas e da descida do preço dos combustíveis, cuja fatura atingiu os 660 milhões de euros, valor que compara com os 798 registados em 2014.

A situação da Venezuela diz respeito a vendas no período entre março de 2013 e janeiro de 2015, cujos montantes ficaram retidos devido à crise económica, penalizando não só a TAP mas todas as restantes companhias internacionais que operam para aquele País. A dimensão dos valores retidos só não é maior porque em janeiro de 2015 foi decidido suspender a venda de viagens naquele País.

A TAP continua a desenvolver diligências para recuperar os valores em dívida mas, devido ao prolongamento da situação, houve necessidade de integrar estes valores nas contas de 2015, situação idêntica à adotada por outras companhias internacionais.

De realçar, por último, que a dívida total da TAP desceu em 2015 de 1.062 milhões de euros para 942, como resultado de reembolsos entretanto efetuados já no ano passado, beneficiando do inicio do processo de capitalização proporcionado pela entrada na TAP, como acionista, do Consórcio Atlantic Gateway.

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