Catherine Anyango Grünewald vence 2ª edição do Navigator Art on Paper Prize

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Catherine Anyango Grünewald é a vencedora da 2ª edição do Prémio Navigator Art on Paper Prize, o maior galardão de arte em papel do mundo.
 
A artista leciona, atualmente, na Konstfack University of Arts, Crafts and Design, em Estocolmo. Estudou na Central Saint Martins e no Royal College of Art, em Londres, tendo realizado, posteriormente, um mestrado em Literatura Moderna da University College London.
 
Um dos temas centrais do seu trabalho é o espaço público e de que forma é afetado por acontecimentos traumáticos. Através dos seus desenhos, Catherine Anyango Grünewald tenta rescrever histórias e acontecimentos que permitam desvendar estruturas invisíveis de poder e violência.
 
A artista escolheu trabalhar com lápis de carvão sobre papel pelo carácter democrático desta ferramenta tão utilizada, em particular, em contextos não artísticos. No seu trabalho, o carvão é usado com violência sobre o papel, riscando-o e marcando-o quase até ao limite da sua integridade, em desenhos que refletem o luto e uma possível redenção. Catherine Anyango Grünewald usa também a borracha como a ferramenta que permite não apenas  apagar mas no novo vazio da folha dar lugar para uma nova utopia.
 
“Interessam-me muito  os  potenciais  das  propriedades  do  lápis  e  do  papel para  transmitir  temas  sensíveis  e  complexos,  assim  como a relação entre materiais e sentido”,  refere  a  artista  sobre  o seu  trabalho,  acrescentando que “a  um  dado  momento  das nossas vidas, a maioria de nós usou o lápis sobre papel como meio  de  autoexpressão,  tanto para tirar apontamentos como para  esboços.  É  assim  que aprendemos. Espero que a utilização  de  materiais  que  são democráticos  e  quotidianos possa  oferecer  aos  espectadores  um  ponto  de  acesso  a temas difíceis”.
 
Os desenhos de Catherine Anyango Grünewald são feitos em duas texturas de grafite para criar, segundo a artista, “uma superfície simultaneamente mate e brilhante, assemelhando-se a negativos fotográficos”. Dada a sua relação mutante com a luz, “devemos observá-los de um modo quase forense, movendo-nos para captar a luz e, com ela, pormenores e pistas”, acrescenta.
 
O seu trabalho pode ser visto na Exposição Navigator Art on Paper que irá estar patente ao público na Sociedade Nacional de Belas Artes, de 17 de maio a 1 de junho, sendo a inauguração da Exposição no dia 16 de maio, às 21H00. A mostra reúne, também, uma seleção de obras dos artistas finalistas à 2ª edição do Navigator Art on Paper Prize – Abu Bakarr Mansaray (Serra Leoa), Andrea Bowers (EUA), Maria Berrio (Colômbia) e Mateo López (Colômbia).
 
A Exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, entre as 12H00 e as 19H00, e ao sábado, das 14H00 às 20H00. A Exposição irá coincidir com a Arco Lisboa e integra um programa de visitas e conversas complementares. A entrada é gratuita.
 
Com curadoria da responsabilidade de Filipa Oliveira, o Prémio Navigator Art on Paper tem como missão apoiar a criação artística em papel, valorizando-o como um dos suportes de inovação, criatividade, investigação e arte. Segundo a curadora, Os prémios, como qualquer outra iniciativa consistente, precisam de tempo para se afirmar. Queremos ser ‘O prémio’ referência de arte em papel. Queremos que, quando se pense em arte sobre papel, se pense no Prémio Navigator Art on Paper. Queremos que os melhores artistas a trabalhar em papel considerem um momento importante para eles e para as suas carreiras fazerem parte dos nomeados e vencedores do prémio. E queremos, principalmente, que o prémio tenha um papel transformador na carreira dos artistas que por ele passam”.
 
Saiba mais em www.navigatorartonpaper.com e siga-nos no instagram em @navigatorartonpaper.
 
Imagens sobre o trabalho da artista disponíveis aqui: https://we.tl/t-NeJMW9zWaf
 

Sobre o Navigator Art on Paper

O Navigator Art on Paper Prize arrancou, em 2018, com o lançamento de um prémio destinado a artistas com mais de 10 anos de carreira, nomeados por um júri internacional, tendo conquistado de imediato o título de “o maior prémio mundial de arte em papel”. Na 2ª edição, em 2019, o júri constituído por cinco membros de renome internacional nomeou 15 artistas, entre os quais selecionou cinco finalistas e um vencedor. A escolha dos artistas foi norteada por uma valorização da qualidade artística da obra, pela importância do papel no corpo de trabalho, pela riqueza do pensamento e pela atualidade da intervenção.

O artista plástico Pedro A. H. Paixão foi o vencedor da 1ª Edição do Prémio Navigator Art on Paper.

Sobre a The Navigator Company

A The Navigator Company é um produtor integrado de floresta, pasta e papel, tissue e energia, cuja atividade está alicerçada em fábricas modernas de grande escala, com tecnologia de ponta e que constituem uma referência de qualidade no setor. O modelo de negócio da Empresa desenvolve-se com base numa matéria-prima de excelência − o Eucalyptus globulus − cujas características intrínsecas permitiram desenvolver uma estratégia de diferenciação, baseada em produtos de elevada qualidade, que são hoje uma referência internacional neste setor.

A Empresa é a terceira maior exportadora portuguesa, representa aproximadamente 1% do PIB nacional e 2,4% das exportações nacionais de bens, sendo a que gera o maior Valor Acrescentado Nacional. Em 2018, a The Navigator Company teve um volume de negócios, de cerca de € 1,6 mil milhões, cerca de 91% dos produtos do Grupo são vendidos para fora de Portugal, e têm por destino aproximadamente 130 países.

Consolidada a sua posição de líder europeu na produção de papéis finos de impressão e escrita não revestidos (UWF) e sexto a nível mundial, a Companhia é também o maior produtor europeu, o quinto a nível mundial, de pasta branqueada de eucalipto BEKP - Bleached Eucalyptus Kraft Pulp. A empresa entrou no negócio do tissue e tem atualmente uma capacidade de produção de 65 mil toneladas de produto acabado por ano na fábrica de Vila Velha de Ródão e 55 mil toneladas na nova fábrica de Aveiro.

A The Navigator Company tem seguido com êxito uma estratégia de inovação e desenvolvimento de marcas próprias e de produtos premium, que se traduz numa quota de mercado na Europa Ocidental de 19% no UWF, de cerca de 54% no segmento premium e com um peso de 69% das marcas próprias nas suas vendas.

A Empresa tem mais de 110 000 hectares de floresta sob gestão e o maior viveiro certificado de plantas na Europa, com capacidade de produzir 12 milhões de plantas por ano. Com uma atividade florestal verticalmente integrada, o Grupo dispõe de um Instituto de Investigação Florestal próprio, referência mundial no melhoramento genético do Eucalyptus globulus. Gere em Portugal uma vasta área florestal, 100% certificada pelos sistemas internacionais FSC® (FSC C010852) e PEFC™ (PEFC/13-23-001). Dispõem de uma capacidade instalada de 1,6 milhões de toneladas de papel, de 1,6 milhões de toneladas de pasta (80% integradas em papel), 120 mil toneladas de tissue produto acabado, produzindo cerca de 2,5 Twh de eletricidade anualmente, sendo responsável por cerca de 4% da produção de energia de Portugal e de 52% da energia produzida a partir de biomassa.

No início de 2019, a The Navigator Company recebeu a classificação pelo Carbon Disclosure Project (CDP) de líder global no combate às alterações climáticas, alcançando um lugar de destaque na lista “A” desta organização. A Companhia foi reconhecida pela sua atuação, em 2018, na redução de emissões, diminuição dos riscos climáticos e desenvolvimento de uma economia de baixo impacto de carbono, sendo a única empresa portuguesa a obter a classificação máxima, integrando o lote das únicas cinco empresas a nível mundial do sector de pasta, papel e floresta que receberam esta distinção.
 

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