10.º OPEN HOUSE LISBOA SEGUE "OS CAMINHOS DA ÁGUA" QUE UNEM LISBOA E ALMADA

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25 e 26 de Setembro

No fim-de-semana de 25 e 26 de Setembro descobrem-se os “Caminhos da Água” que moldam as paisagens de Lisboa e Almada
• 2 cidades
• 68 espaços para visita gratuita, 49 dos quais em estreia absoluta
• 8 percursos urbanos acompanhados por especialistas
• 2 passeios sonoros
• Actividades Júnior
• Programa Plus
• Visitas Acessíveis
Tudo é construído. A vertente natural também é construída e é tão humana ou mais que a outra. (...) como se houvesse Natureza no sentido absoluto do termo! Hoje não há. (...) Isto vem desde Cícero, que disse que há uma primeira Natureza e uma segunda, já transformada pelo Homem, mantendo evidentemente as qualidades e os sistemas da Natureza original. Gonçalo Ribeiro Telles, arquitecto paisagista
25 e 26 de Setembro são as datas do regresso do incontornável fim de semana de visitas gratuitas que desafia a percorrer e a desvendar a cidade através da arquitectura.
À 10.ª edição, o Open House Lisboa elege a paisagem como protagonista, estende o roteiro e o olhar à margem esquerda do Tejo e prepara-se para explorar, pela primeira vez, as cidades de Lisboa e Almada.
Se é a água que une estes dois territórios, também é esse o elemento essencial escolhido pelo colectivo de arquitectura paisagista Baldios como fio condutor para o comissariado deste ano.
“Caminhos da Água” é o roteiro de 68 espaços de visita gratuita, 49 dos quais em estreia absoluta, que convida à descoberta de diferentes tipologias de edifícios que resultam do vínculo entre água e cidade, percorrendo o Tejo e os vales de ambas as margens.
Para melhor compreender esta relação, e como a construção as acompanha, os Baldios organizaram os locais em oito percursos urbanos que ajudam a desvendar oito linhas de água de Lisboa e Almada. Da Linha de Costa que prova que o rio Tejo é um território, à Ribeira da Ajuda que definiu Alcântara e Algés, até aos eixos que deram origem às Avenidas da Liberdade e Almirante Reis, sem esquecer o Vale de Porto Brandão ou a linha de água em que Cacilhas, Almada, Pragal, Monte da Caparica e Trafaria cresceram. São estes os percursos naturais que se vão descobrir com a ajuda, entre outros e outras, de especialistas como Catarina Rebelo de Sousa e Gilberto Oliveira, João Ventura Trindade ou Francisco Silva.
Do cemitério do Alto de S. João ao Hub Criativo do Beato – Antigas Fábricas de Manutenção Militar, dos antigos Estaleiros da Lisnave, ao Lazareto - Asilo 28 de Maio. Das casas particulares às fábricas, dos cinemas aos jardins, dos conventos a espaços icónicos de diferentes épocas das duas cidades, nesta nova edição, o Open House alarga o território mas sem se dispersar minimamente no seu compromisso maior: aproximar de Lisboa e Almada quem nela habita através da descoberta de uma eclética selecção de espaços.
Mas não é tudo. No seguimento da estreia, em 2020, do novo formato de passeio sonoro, a edição deste ano tem também previstos dois passeios guiados ao ouvido. É o caso de “Conhecer a Água”, o passeio que leva o ouvinte numa viagem sonora ao leito do rio Tejo, e da sua importância, através de uma viagem de barco entre Cais do Sodré e Cacilhas e o passeio que dá a conhecer o Vale de Chelas.
Por questões de segurança, e por forma a evitar grandes aglomerados em contexto de pandemia, vão existir mais espaços a obrigar reserva prévia e será implementado um sistema de registo de entradas que permite dar informação sobre a afluência de cada espaço em tempo real, orientando as escolhas do visitante.
Como é habitual, estão ainda previstas oito iniciativas independentes que acontecem nos espaços do roteiro. Este ano, o Programa Plus conta com concertos, performance de dança, percursos, exposições e workshops.
Como tem vindo a acontecer desde 2017, o Open House continua também comprometido com a inclusão. Este ano, as visitas acessíveis para pessoas cegas ou com baixa visão e pessoas com deficiência cognitiva estão conciliadas com as actividades do Programa Júnior. Estão previstos passeios, visitas e oficinas criativas, Colina Acima, Colina Abaixo, com descrição visual e materiais tácteis. E uma visita guiada aos Antigos Estaleiros da Lisnave com interpretação em Língua Gestual Portuguesa. Inscrições através do email atividades@trienaldelisboa.com .
Todas as informações, horários, locais e informação sobre marcações disponíveis, amanhã dia 16, no website.
Com co-produção da Trienal de Lisboa e da EGEAC, o Open House Lisboa 2021 conta com a parceria estratégica da Câmara Municipal de Lisboa e cooperação da Câmara Municipal de Almada. De barco, de bicicleta ou a pé, o encontro Open House Lisboa 2021 faz-se seguindo os “Caminhos da Água” de Lisboa e Almada, nos dias 25 e 26 de Setembro.
ROTEIRO 2021?
PROGRAMA PLUS?
ACTIVIDADES JUNIOR E ACESSÍVEIS?
IMAGENS?
 

Sobre OPEN HOUSE

Conceito criado em 1992 por Victoria Thornton, a rede Open House Worldwide conta hoje com 50 cidades por todo o mundo, como Londres, Nova Iorque, Buenos Aires, Lagos ou Seoul. Em Lisboa, desde 2012 que a Trienal propõe um roteiro novo a cada ano para descobrir de espaços de diferentes naturezas que demonstram o papel decisivo da arquitectura na vida das pessoas e exemplificam o valor do património edificado. Em 2020, o Open House Lisboa estreou com passeios sonoros guiados pelo imaginário de lisboetas muito especiais e em 2021 alarga o território a Almada.
Aceda aqui ao passeio sonoro “Conhecer a Água” de e por Matilde Meireles e Christabel Stirling:
 

“Os Caminhos da Água”, pelo colectivo Baldios

O estuário do Tejo, vasto mar interior protegido e navegável, surge, nas palavras de Orlando Ribeiro, como lugar predestinado a uma ocupação. Por via desta história natural comum, ambas as margens foram-se transfigurando em portos, cidades, formas de arquitectura - lugar(es) de chegada, partida, troca, defesa, travessia. O Tejo como porta para um horizonte simultaneamente longínquo e fugaz.
As linhas de água, (per)cursos naturais que convergiam para o Tejo, foram dando lugar às principais artérias que impulsionaram o crescimento de ambas as cidades para cotas mais elevadas. Entender esta genética impulsionada pela água é essencial para compreender as cidades como resposta à natureza dos lugares. A história do Tejo e os seus afluentes confunde-se com a biografia de duas cidades e faz parte do seu metabolismo quotidiano, configurando rotas de atravessamento e de conexão entre os lugares que as compõem. Palco de transformações contemporâneas e ancestrais, é na relação com a água enquanto recurso vital que o futuro das cidades terá de passar.
A 10ª edição procura mostrar este vínculo entre água e cidade, convidando a percorrer o Tejo e os seus vales como rotas para entender Lisboa e Almada e as suas arquitecturas. Viagens a várias velocidades, de barco, de bicicleta e a pé, acompanhadas por quem já reflectiu, estudou e interveio sobre esta paisagem estuarina.

Biografia BALDIOS

A Baldios Arquitectos Paisagistas surge em 2012 como colectivo, na sequência da fusão do trabalho desenvolvido por 5 arquitectos paisagistas, em colaboração ou co-autoria com diversas equipas interdisciplinares. Dedica-se à produção de paisagem, quer sob a forma de estudos e projectos de arquitectura paisagista, quer através da sua investigação. Abarcando várias influências e discussões, a investigação e a prática da paisagem são assumidas como um esforço conjunto de disciplinas profissionais envolvendo investigadores que se debruçam sobre o território e a cultura contemporânea. Neste sentido, a produção de paisagem deverá ser um acto anónimo ou colectivo, em que o resultado do trabalho da Baldios é a principal referência identitária.

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