Conversa sobre as residências artísticas em viagem
Sexta-feira, 26 de Maio, 18h30
Com Ajda Bracic, Tevi Allan Mensah, Pedro Tropa e Graça Castanheira
Palácio Sinel de Cordes
No início de 2023, a Trienal escolheu uma parelha de finalistas de entre as candidaturas emergentes para bolsas do programa europeu LINA (Learning, Interacting and Networking in Architecture) para a criação de um projecto a que deu o título de Periple Duet. Foi assim que Ajda Bracic, uma arquitecta e editora eslovena, e Tevi Allan Mensah, um arquitecto e artista natural de Lomé (Togo) que vive em França, empreenderam cada uma residência em movimento pelo território europeu entre a cidade onde vivem e Lisboa.
As suas travessias terrestres a solo, percorrendo no total mais de 20 cidades e 10.000 km em meios colectivos de transporte sobre carris ou rodas, e as reflexões e trabalhos daí resultantes são agora partilhados com o público numa conversa no Palácio Sinel de Cordes com a participação do artista Pedro Tropa e da realizadora Graça Castanheira.
Ajda apresenta o seu trabalho intimista Universalmente Específico onde a partir de 12 fragmentos, um por cada dia de viagem, desenvolve uma observação não linear sobre identidade e paisagem. Allan apresenta 80 artefactos e imagens coleccionados durante a viagem para construir uma reflexão intitulada A Volta ao Dia em 80 Mundos inspirado no livro de Julio Cortázar.
Foi com o intuito de desafiar modelos estabelecidos que a Trienal de Lisboa apostou na criação deste formato de residência na qual a viagem é a matéria-prima para um exercício de observação: atravessar fronteiras, vivenciar a diversidade territorial, reduzir distâncias e alargar limites são elementos-chave abordados num diário de viagem como ferramenta essencial para a formação contínua em arquitectura. Estas duas experiências dão origem a duas publicações de tiragem limitada.
Palácio Sinel de Cordes
Campo Santa Clara 144-145, 1100-474 Lisboa
Entrada Gratuita
Ajda Bracic é crítica e editora de cultura em vários meios de comunicação e escritora de ficção. Sustentabilidade e reutilização adaptativa são alguns dos seus focos, centrados nas intersecções entre arquitectura, identidade e linguagem que existem nas técnicas, detalhes e saberes vernaculares de diferentes comunidades.
Tevi Allan Mensah, cuja prática de arquitectura e criação artística se divide entre os imaginários nos territórios fronteiriços e o potencial da arquitectura como meio de comunicação colectiva, co-fundou em 2019 o colectivo frontières* dedicado à edição em arquitectura. Em 2022, co-criou um micro-festival de arquitectura, Balthazar, e actualmente lecciona na cadeira de mestrado 'Utopie/Dystopie' na ENSA Lyon.
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