A 1ª Edição do Verlingue Expertise é um marco na promoção da literacia em seguros

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Esta quarta-feira, a Associação Nacional de Farmácias foi palco da 1ª Edição do Verlingue Expertise, uma conferência que reuniu mais de 100 participantes, incluindo multinacionais, pequenas e médias empresas, para discutir alguns dos desafios vitais para a sustentabilidade e segurança das organizações.

Sob o mote "Protegemos o Futuro", a Verlingue destacou a importância da sua expertise em gestão de risco corporativo, abordando o risco cibernético e a responsabilidade de administradores e diretores ao lado de especialistas nestas áreas. Patrocinado pela AIG, o Verlingue Expertise surge como um marco na promoção da literacia em seguros, fornecendo insights valiosos para aqueles que têm poder de decisão dentro das organizações.

Esta 1ª Edição do Verlingue Expertise começou com um painel de discussão dedicado à segurança cibernética, conduzido por Diogo Baptista, Diretor Comercial da Verlingue, que deu a conhecer às empresas mecanismos de defesa para mitigação do risco cibernético, quer no âmbito da proteção contra um eventual ataque quer na gestão de danos pós-incidente.

Apesar de Portugal ser o terceiro país europeu mais afetado por ataques cibernéticos registados em 2022, que tiveram como consequência roubo ou fuga de dados e tentativas de extorsão, verifica-se uma lenta evolução do seguro cyber no país. Atualmente, apenas 1% das empresas nacionais detém um seguro cyber e “a primeira apólice em Portugal foi feita em 2013”, partilhou Tiago Corrêa Figueira, Diretor Geral da Verlingue. O mercado não teve a capacidade de sensibilizar as empresas para este risco e as suas consequências nem de dar a conhecer as mais-valias que uma apólice de cyber oferece – “garantimos o retorno financeiro, mas também a assistência”, acrescentou.

Segundo Rui Ribeiro, Senior Security Leader da IBM Cyber Consulting, “houve uma necessidade de transformação tecnológica que não foi acompanhada pelos mecanismos de proteção adequados” e, neste momento, a maioria das organizações ainda não está preparada para responder adequadamente aos incidentes de segurança cibernética nem tem noção do prejuízo financeiro e reputacional a que podem estar sujeitas – “o custo médio de uma violação de dados de 4.5 milhões de dólares e isto é aplicável a Portugal", mencionou.

Sérgio Carlos Duarte, Cyber Security Pre Sales Lead da Capgemini, confirmou que o tema da segurança cibernética é crucial para os gestores em Portugal, existido várias formas de mitigar os riscos: “podemos modificá-los, transferi-los, retê-los ou evitá-los”. Por norma, a primeira medida que as empresas tomam passa pela redução dos riscos, através de alguns protocolos internos de proteção. No entanto, dada a complexidade dos ataques cibernéticos que empresas têm enfrentado, esses protocolos verificam-se na maioria das vezes insuficientes e torna-se necessário transferir os riscos rapidamente, sendo “o seguro de cyber uma ferramenta extremamente útil. Eu nunca a descartaria em cenário nenhum. É o botão de pânico mais eficaz”.

Os riscos são inerentes a qualquer atividade, fruto da transformação digital, e a abordagem à ciber resiliência e à gestão de risco devem ser orientadas por estratégias adequadas. De acordo com Luís Rato, National Security Officer da Microsoft, “não chega ter as pessoas, não chega ter os meios, não chega ter a tecnologia. É preciso ter uma estratégia orientada para aquilo que são os novos desafios.” O seguro cyber consegue dar resposta a esses novos desafios, pois pode incluir várias coberturas, desde: Responsabilidade por Dados Pessoais e Corporativos, Responsabilidade pela Segurança de Dados, Responsabilidade por Empresas Terceirizadas, Custos de Defesa, Investigação, Sanções Administrativas, Restituição de Imagem da Sociedade e Pessoal, Notificação e Monitorização.

Depois deste painel, houve a oportunidade de discutir outro assunto emergente no contexto atualmente vivido pelo tecido empresarial português, a responsabilidade civil daqueles que assumem funções de gestão dentro das organizações. Os administradores, gestores e diretores de qualquer empresa, independentemente da dimensão ou das atividades que desenvolvem, assumem responsabilidades significativas, relacionadas com a forma como agem e justificam a confiança neles depositada. Este facto pode resultar em pedidos de indemnização contra eles, por alegada e efetiva violação do dever, negligência, falsas declarações, erros e omissões.

Segundo Pedro Raposo, Chairman da PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, este é um tema “cada vez mais frequente nos tribunais”, sendo a “reconstrução da imagem o mais caro e o mais difícil em todos os processos”. A solução de seguro D&O pode responder a essa necessidade se existir “uma cobertura especifica para a contratação de agências de comunicação em matéria de gestão de crise”, partilhou Pedro Neto Baptista, Diretor Comercial da Verlingue. Além disso, a apólice de D&O inclui todos os encargos jurídicos de defesa, que na maioria dos processos são muito elevados, sendo a cobertura alargada às subsidiárias do Tomador do Seguro, bem como aos seus representantes ou às suas subsidiárias em empresas detentoras de capitais minoritários.

Por outro lado, o seguro do artigo 396.º do Código das Sociedades Comerciais, foi apresentado enquanto “o parente pobre” do seguro D&O, dado que cobre apenas as situações previstas nesse artigo, segura apenas uma pessoa, é limitado a Portugal e tem uma caução muito baixa face aos custos que um processo de reclamação ou pedido de indemnização implicam (com um limite máximo de 50 mil euros). Na perspetiva de Helena Soares de Moura, Executive Board Member do Banco Montepio, “ninguém está livre, pelo contrário. Independentemente da decisão final, o mais difícil é gerir o percurso. O percurso é penoso, é longo e é caro.” e, por isso, defende que o seguro D&O devia ser parte integrante do contrato de qualquer administrador ou gestor, com coberturas negociadas, adicionais e adaptadas a cada atividade.

O evento terminou com uma reflexão do Eng.º Joaquim Oliveira, Membro do Conselho de Administração da Verlingue, que destacou a singularidade da carteira de seguros da Verlingue face à atitude comportamental dos portugueses. Apesar de a grande maioria apenas contratar seguros obrigatórios, na Verlingue 38% das apólices emitidas são seguros obrigatórios e 62% são seguros facultativos. “Conseguimos isto, porque temos uma expertise muito grande na generalidade dos ramos. Expertise essa que nos permite construir programas de seguros adaptados à realidade de cada empresa e, assim, conseguimos sensibilizar os nossos clientes para a importância de um conjunto de riscos a que estão sujeitos. Por isso, é que nós dizemos que Protegemos o Futuro. Somos obstinados nisto. Isto não é só uma assinatura, é o nosso propósito.”, declarou.

O Verlingue Expertise não é apenas um evento, mas sim uma iniciativa com o objetivo de aumentar a literacia em seguros e capacitar as empresas com as ferramentas necessárias para enfrentarem os desafios do futuro com confiança. A nova edição terá lugar no próximo ano, sobre um risco corporativo igualmente urgente e relevante para o tecido empresarial português e o mercado segurador.

A agenda do evento:

09:00-09:15 Credenciação
09:15-09:25 Nota de abertura & Apresentação Verlingue
09:25-10:10 Painel de Discussão 1: “Ataques cibernéticos: como mitigar o risco?”
10:10-10:25 Q&A
10:25-10:40 Networking Coffee-break
10:40-11:25 Painel de Discussão 2: “Preciso de um seguro D&O ou 396º CSC?”
11:25-11:40 Q&A
11:40-11:55 Nota de encerramento
11:55 Visita aberta ao Museu Nacional das Farmácias

Oradores:

  • Ricardo Santos, Diretor Geral da Verlingue Portugal
  • Diogo Baptista, Diretor de Cientes da Verlingue Portugal
  • Sérgio Carlos Duarte, Cyber Security Pre Sales Lead da Capgemini
  • Rui Ribeiro, Senior Security Leader da IBM Cyber Consulting
  • Luís Rato, National Security Officer da Microsoft
  • Tiago Corrêa Figueira, Diretor Geral da Verlingue Portugal
  • Pedro Raposo, Chairman da PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados
  • Helena Soares de Moura, Executive Board Member do Banco Montepio
  • Pedro Neto Baptista, Diretor de Clientes da Verlingue Portugal
  • Joaquim Oliveira, Membro do Conselho de Administração da Verlingue Portugal
  • João Neto, Diretor do Museu da Farmácia de Lisboa

Evento Carbono Zero:

Em parceira com a Ponto Verde Serviços, serão calculadas as emissões de gases com efeito de estufa geradas pelo evento e, posteriormente, a Verlingue fará a sua compensação em florestal nacional. Para isso, está a decorrer um questionário a todos os participantes sobre o meio de transporte por eles utilizado. 

Mais fotografias do evento em:
https://we.tl/t-KhSIkikILE

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