“Dormir é quase como um elixir para uma série de coisas que a maioria das pessoas procuram, como a sabedoria, a beleza, a juventude ou a saúde, mas que, incompreensivelmente, há muita gente que abdica”: 13º episódio do podcast da Wells chega esta quinta-feira
“Não Fica Bem falar de… não dormir bem”
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- Neste novo episódio, as especialistas em medicina do sono, Bruna Reis e Sofia Rebocho, juntam-se a Jessica Athayde para falar sobre a importância do sono e o que fazer para dormir melhor;
- Este videocast faz parte do compromisso da Wells em ser uma voz ativa no bem-estar das mulheres em todas as fases da vida;
- Todas as quintas-feiras há um novo episódio disponível no Youtube, Spotify e Apple Podcasts.
A importância do sono marca o arranque da conversa com Bruna Reis e Sofia Rebocho. A especialista Bruna Reis destaca que é nas horas em que se está a dormir que acontecem “uma série de funções vitais”, entre elas a consolidação de memórias, e a higienização de toxinas e resíduos que se acumulam no cérebro durante o dia, e que precisam de ser eliminadas porque podem ter consequências, como o desenvolvimento de demências. É ainda nesta fase que se produzem todas as hormonas, inclusive a hormona da saciedade que regula o apetite. “Se não tivermos um sono de qualidade, vamos ter muito mais fome e vamos ser muito mais impulsivos nas nossas escolhas alimentares”, refere Bruna Reis.
Questionadas por Jessica Athayde sobre qual é a receita para dormir bem, Bruna Reis referiu que “a recomendação para a maioria dos adultos anda entre as sete e as nove horas, sendo que existem os shorts sleepers, que dormem seis ou menos horas de sono e estão perfeitamente funcionais durante o dia, mas que representa apenas 1% da população”. Apesar de a maioria das pessoas não ter conhecimento, os adolescentes necessitam de mais horas para dormir, porque, nesta altura, “produzem a hormona da noite, a melatonina, uma hora mais tarde do que os adultos e, por isso, acabam por ter sonolência mais tarde e, preferencialmente, gostam de acordar um bocadinho mais tarde”. Bruna evidencia ainda que as mulheres precisam de dormir mais do que os homens, e que “têm mais tendência para desenvolver certos distúrbios do sono, como a insónia, têm mais pensamentos de ruminação e têm mais sintomas depressivos”.
Sobre as diferentes fases da vida de uma mulher, tais como a menstruação, a gravidez e a menopausa, Sofia Rebocho revela que “o que acontece durante essas fases é que há uma grande oscilação hormonal e o estrogénio e a progesterona têm uma grande influência em regular o sono”. Durante a gravidez, verificam-se aumentos de progesterona no primeiro trimestre, que promovem o relaxamento e a sonolência e na reta final da gestação verifica-se “uma grande dificuldade nos movimentos noturnos, devido ao excesso de peso adquirido”, afirma. Já relativamente à menopausa, Bruna Reis explica que os sintomas de insónias são bastante comuns, dado que “as ondas de calor são realmente um dos sintomas que mais prejudicam, porque, à medida que os níveis de estrogénio aumentam, propiciam o aumento da temperatura corporal e, para adormecer é preciso descer a temperatura corporal interna em cerca de um grau celsius”. Bruna Reis destaca ainda que “cerca de 80% das mulheres na menopausa têm queixas de insónia”, e que este é, talvez, o período de vida em que as queixas de insónia são maiores.
Segundo a especialista Sofia Rebocho, uma noite de sono de má qualidade é caracterizada por “um sono que não é profundo o suficiente ou com muitas interrupções”, não permitindo obter o descanso necessário. O facto de alguém sofrer de apneia do sono faz com que não tenha um sono reparador, mesmo que consiga dormir doze horas, dado que o sono não é contínuo. Relativamente às estratégias que podem ser adotadas para melhorar o descanso noturno, as especialistas destacam a realização de exercício físico, evitar a exposição a ecrãs, baixar as luzes da casa e não fazer refeições muito próximas da hora de ir dormir, sendo recomendado que exista uma diferença de duas a três horas entre a última refeição e a hora de deitar.
Ao abordar o tema das sestas a meio da tarde, Sofia Rebocho diz que “feitas a uma hora adequada, com a duração adequada, não mais de vinte e cinco minutos para não entrar em sono profundo e não roubar o sono da noite”, são uma boa rotina para adicionar ao dia a dia.
Por fim, Jessica Athayde, Bruna Reis e Sofia Rebocho falam sobre o que pode ser feito para se dormir melhor. Para a especialista Bruna Reis, estar informado é o aspeto número um a ter em conta. “Depois, tudo o que são medidas de higiene de sono, como os horários regulares, exposição à luz solar da manhã e exercício físico, se já são realizados e a pessoa continua a acordar cansada e sonolenta, tem de encontrar um especialista em medicina do sono”, salienta. Sobre o que fica bem dizer sobre o sono, a convidada Sofia Rebocho afirma a Jessica Athayde que “as pessoas estão sempre à procura do comprimido ideal que melhore tudo no corpo” e que “o sono é de facto esse comprimido”. Como realça Sofia Rebocho: “não há nenhuma função no nosso organismo que não melhore com uma boa noite de sono”.
Comunicado completo em anexo e imagens aqui
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