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Portugal é um país com um modelo único de habitação: Que medidas deverão pautar o futuro do país no setor imobiliário? Os especialistas respondem

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Portugal é um país com um modelo único de habitação

Que medidas deverão pautar o futuro do país no setor imobiliário? Os especialistas respondem

 
Braga, 11 de abril de 2024 - Portugal tem de conseguir dar resposta à nova estrutura dos agregados familiares, no que toca às tipologias de habitação disponíveis. Se a esse nível, existe um longo percurso a percorrer, naquilo que se refere às estatísticas bancárias, os indicadores revelam que o nosso país está muito bem posicionado. Somos dos países com menos dívida relacionada com a habitação na Europa, e onde 75% da população é proprietária de casa. Estas foram algumas das conclusões do debate “O Futuro da Habitação” que se realizou ontem, no âmbito da Zome Summit.

O painel de oradores contou com a participação do gestor António Ramalho, o Arquiteto Luís Tavares Pereira e a advogada Filipa Pedroso e centrou-se não só no debate sobre o panorama atual do mercado imobiliário, como também nas possíveis soluções para os problemas que o setor enfrenta, tendo a “crise” sido a palavra de ordem.

Luís Tavares Pereira, arquiteto e comissário da iniciativa da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto “Mais do que Casas”, que reúne 25 Escolas de Arquitetura e Belas Artes em Portugal, foi o primeiro a utilizar o termo “crise” na habitação, referindo que as “as famílias em Portugal estão em mudança, havendo cada vez mais estruturas monoparentais, sem filhos, idosos a viver sozinhos, mais emigrantes, mais teletrabalho, e nesse sentido, os modelos de habitação têm de dar resposta a esta a transformação”. Questionado sobre como poderia o nosso governo responder a este cenário, o arquiteto argumenta que são “necessárias tipologias mais variadas.”

Já António Ramalho corrobora a visão de Luís Tavares Pereira, referindo que 62% das pessoas nos últimos Censos referiram que as casas em que habitam são maiores que o espaço que verdadeiramente necessitam. O gestor, com longa experiência e conhecimento do mercado imobiliário, enfatizou alguns números de um “país maduro e rígido no que toca ao seu processo de habitação”. Começando pelo número de proprietários, com o gestor a referir: “Portugal tem muitos proprietários (75%) e 61,3% desses proprietários já não têm dívidas nenhumas, o que traz segurança à situação portuguesa. Somos um dos países com menos dívida relacionada com a habitação na Europa, com apenas 6,9% de prestações em atraso, quando a média europeia é de 16%. Somos um dos países da Europa com menos crédito vencido em crédito à habitação: 0,2%, o que significa que, ainda que com esforço, todos estão a conseguir pagar os seus créditos”. Estes indicadores são demonstrativos de um país com um modelo único no setor da habitação.

Por sua vez, Filipa Arantes Pedroso, advogada especialista no setor imobiliário, indicou existirem muitas soluções que podem ser implementadas a médio prazo para atenuar a referida “crise” no setor: “É fundamental que se mexa na carga fiscal”, apontou a advogada, que deu o exemplo de Espanha, onde os impostos relacionados com a habitação são de apenas 10%. Os licenciamentos são um processo moroso, nas palavras da advogada, embora conceda que o Simplex “veio dar importantes alterações ao licenciamento, de forma a simplificá-lo.” A advogada também acentuou a necessidade de se apostar em mais políticas público-privadas de forma a dar resposta à procura. Mais importante que tudo, considera que é necessário muita “estabilidade política”, para que o país possa evoluir neste setor, referindo que “nenhum investidor gosta de instabilidade política, e é isso que Portugal tem tido”.

Estas foram as principais conclusões do painel “O Futuro da Habitação” realizado no âmbito da Zome Summit, que decorre até hoje, dia 11 de abril, no Nau Salgados Palace, em Albufeira. A mediadora imobiliária 100% nacional realiza este encontro anualmente, de forma a juntar os colaboradores num cenário de networking, formações e momentos de convívio, fomentando e aprofundando o conhecimento do talento do setor.
 

Sobre a Zome
A Zome nasceu, em 2019, da fusão de duas empresas de referência do setor imobiliário, no mercado há mais de 20 anos. Em 2023, mediou um volume de negócios superior a 1200 milhões de euros em mais de 6.187 transações, que originaram uma faturação superior a 30 milhões. Colaboram atualmente com a Zome mais de 1.800 pessoas, repartidas por 48 hubs imobiliários na Península Ibérica. No início de 2023, a Zome anunciou a abertura do primeiro hub no metaverso, tornando-se assim na primeira mediadora imobiliária portuguesa a ter uma unidade de negócio nesta plataforma de realidade virtual. 

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