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Astellas recebe parecer positivo do CHMP para gilteritinib como monoterapia em doentes com Leucemia Mieloide Aguda com mutação FLT3, recidivante ou refratária

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A terapêutica oral, numa toma única diária, de gilteritinib, da Astellas Farma, acaba de receber parecer positivo do Comitê de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) no tratamento de doentes adultos com leucemia mieloide aguda (LMA) com mutação FLT3 (FLT3mut +), recidivante ou refratária à terapêutica.2
 
Gilteritinib recebeu uma avaliação acelarada da EMA, o que permitiu ao CHMP reduzir o prazo de aprovação.4 O gilteritinib tem o potencial de melhorar os resultados terapêuticos nos doentes com LMA com as mutações mais comuns – duplicação interna no gene (ITD) FLT3 e domínio da tirosina-quinase (TKD) do FLT3 - e será um dos poucos avanços no tratamento da LMA na Europa nos últimos 40 anos.1,3
 
"Os dados são encorajadores, uma vez que mostram uma melhoria significativa na sobrevivência global. Quando comparamos o tratamento com gilteritinib com o standard de tratamento atual, as taxas de sobrevivência duplicam num ano", destacou Giovanni Martinelli, investigador no Instituto de Hematologia do Hospital Universitário S.Orsola-Malpighi, em Itália. “Para doentes com LMA com mutação FLT3, recidivante ou refratária, o prognóstico atual é desfavorável, com uma sobrevivência global mediana inferior a seis meses após o tratamento com quimioterapia de resgate. Se for aprovado pela Comissão Europeia, o gilteritinib tem o potencial de mudar o cenário do tratamento.”
 
A decisão do CHMP baseia-se nos resultados de Fase 3 do estudo ADMIRAL, no qual foi estudado o tratamento com gilteritinib em comparação com a quimioterapia de resgate em doentes com LMA com mutação FLT3, recidivante ou refratária. Os doentes tratados com gilteritinib tiveram um tempo de sobrevivência global significativamente mais longo do que aqueles que receberam quimioterapia de resgate.5 A sobrevivência global mediana para os doentes que receberam gilteritinib  foi de 9,3 meses, em comparação com os 5,6 meses nos doentes que receberam quimioterapia de resgate (HR = 0,64 (95% CI 0,49; 0,83) , P = 0,0004).5,6 As taxas de sobrevivência a um ano foram de 37% nos doentes que receberam gilteritinib, em comparação com 17% nos que receberam quimioterapia de resgate.5
 
“Existe uma necessidade por colmatar no tratamento da Leucemia Mieloide Aguda e a Astellas está empenhada em aumentar as opções terapêuticas. O gilteritinib é uma potencial alternativa inovadora para os doentes com LMA com mutação FLT3, recidivante ou refratária, com dados que comprovam uma melhoria nos resultados de sobrevivência”, destacou Andrew Krivoshik, vice-presidente Sénior e Diretor Global da área Terapêutica no Departamento de Oncologia na Astellas. "Sujeito à aprovação da Comissão Europeia, o gilteritinib tem o potencial de trazer uma nova esperança para os médicos, doentes e respetivas famílias."
 
O parecer positivo do CHMP será agora revisto pela Comissão Europeia, que tem autoridade para aprovar medicamentos para os 28 países membros da União Europeia, passando também a ser válido na Islândia, Noruega e Liechtenstein.7 No final de 2018, o gilteritinib foi aprovado pelas agências reguladoras nos EUA e no Japão no tratamento de doentes adultos com LMA com mutação FLT3, recidivante ou refratária.8,9
 
Sobre gilteritinib
O gilteritinib foi desenvolvido através de uma investigação em colaboração com a Farmacêutica Kotobuki. A Astellas tem direitos globais exclusivos para desenvolver, fabricar e comercializar o gilteritinib. No ano passado, o gilteritinib recebeu uma Orphan Designation da Comissão Europeia e a avaliação acelarada da EMA.4,10
 
Nos EUA, o gilteritinib recebeu anteriormente a designação de medicamento órfão e designação Fast Track pela Food and Drug Administration (FDA), tendo sido aprovado em novembro de 2018 para o tratamento de doentes adultos com LMA com mutação FLT3, recidivante ou refratária. Esta aprovação foi concedida com base nos resultados intermédios do estudo de Fase 3 ADMIRAL relativos à remissão completa: e remissão completa com recuperação hematológica parcial (CR / CRh).8 O gilteritinib também recebeu aprovação da FDA para um pedido suplementar de New Drug Application (sNDA), adicionando os dados de sobrevivência global do estudo de Fase 3 ADMIRAL nos doentes com  LMA com mutação FLT3, recidivante ou refratária.6 Os resultados completos do estudo ADMIRAL foram apresentados na Reunião Anual da Associação Americana para a Pesquisa do Cancro (AACR) em abril de 2019.5
 
No Japão, o gilteritinib recebeu a designação de medicamento órfão e a designação SAKIGAKE do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão e foi aprovado para o tratamento de doentes adultos com LMA com mutação FLT3, recidivante ou refratária, em setembro de 2018.9,11 Em agosto de 2019, no Japão, a informação do medicamento de gilteritinib foi revista para incluir informações sobre os dados da sobrevivência global do estudo ADMIRAL.12
 
A Astellas está atualmente a investigar o gilteritinib em várias populações de doentes LMA com mutação FLT3 através de vários estudos de Fase 3.
 
Sobre o ensaio clínico ADMIRAL13[i]
O estudo de Fase 3 ADMIRAL (NCT02421939) foi um estudo aberto, multicêntrico e aleatorizado, que comparou gilteritinib com a quimioterapia de resgate em doentes adultos com mutação FLT3 refratários ou que recidivaram após o tratamento de primeira linha da LMA. Os endpoints coprimários do estudo foram as taxas de sobrevivência global e CR/CRh. O estudo envolveu 371 doentes com LMA recidivante ou refratária e mutação FLT3 positiva presente na medula óssea ou  sangue total. Os doentes foram aleatorizados  na proporção de 2: 1 para receber gilteritinib (120 mg5) ou quimioterapia de resgate.
 
Os efeitos adversos (EAs) mais comuns nos dois grupos de tratamento do estudo ADMIRAL foram neutropenia febril (43,7%), anemia (43,4%) e pirexia (38,6%).5 Os EAs  de Grau ≥3 mais comuns relacionados com a terapêutica com gilteritinib foram anemia (19,5 %), neutropenia febril (15,4%), trombocitopenia (12,2%) e diminuição da contagem de plaquetas (12,2%).5 Ajustados de acordo com a duração da exposição, os EAs graves emergentes do tratamento por doente/ano foram menos comuns com gilteritinib (7,1%) do que com a quimioterapia de resgate (9,2%).5
 
 
Sobre a Astellas
A Astellas Pharma Inc., sediada em Tóquio, no Japão, é uma empresa dedicada à melhoria da saúde das pessoas em todo o mundo através da disponibilização de produtos farmacêuticos inovadores e de confiança. Para mais informações, visite o nosso website em https://www.astellas.com/en.

Nota de advertência
Neste comunicado de imprensa, todas as declarações relacionadas com os atuais planos, estimativas, estratégias e crenças, e outras declarações que não são factos históricos, são declarações prospetivas sobre o futuro desempenho da Astellas. Estas declarações baseiam-se em atuais pressupostos e crenças com base na informação atualmente disponível e envolvem riscos conhecidos e desconhecidos e incertezas. Vários fatores poderão fazer com que os resultados reais sejam significativamente diferentes dos discutidos nas declarações prospetivas. Esses fatores incluem, mas não estão limitados a: 
 
(i) alterações das condições económicas em geral e das leis e regulamentos relacionados com mercados farmacêuticos, (ii) oscilações das taxas de câmbio, (iii) atrasos no lançamento de novos produtos, (iv) incapacidade de a Astellas vir a comercializar de forma eficaz produtos novos e existentes, (v) incapacidade de a Astellas continuar a investigar e a desenvolver de forma eficaz produtos aceites pelos clientes em mercados altamente competitivos e (vi) violação dos direitos de propriedade intelectual da Astellas por parte de terceiros. 
 
Referências
 

  1. Lim SH, et al. Molecular targeting in acute myeloid leukemia. J Transl Med. 2017 Aug 29;15(1):183.
  2. European Medicines Agency. Meeting highlights from the Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP) 16-19 September 2019. Disponível em: https://www.ema.europa.eu/en/news/meeting-highlights-committee-medicinal-products-human-use-chmp-16-19-september-2019.  Acesso em setembro de 2019.
  3. Patel J, et al. Prognostic Relevance of Integrated Genetic Profiling in Acute Myeloid Leukemia. N Engl J Med. 2012; 366:1079-89
  4. Astellas Pharma Inc. Astellas Announces Acceptance of XOSPATA (gilteritinib) for Regulatory Review by the European Medicines Agency (02-28-2019). https://www.astellas.com/us/news/14631. Last accessed July 2019.
  5. Perl A, et al. Gilteritinib significantly prolongs overall survival in patients with FLT3-mutated (FLT3mut+) relapsed/refractory (R/R) acute myeloid leukemia (AML): Results from the Phase III ADMIRAL trial. Presented as abstract CT184 at the AACR Annual Meeting 2019, April 2 2019.
  6. US Food and Drug Administration. XOSPATA Highlights of Prescribing Information. Disponível em: https://www.accessdata.fda.gov/drugsatfda_docs/label/2019/211349s001lbl.pdf. Acesso em agosto de 2019.
  7. European Medicines Agency. Authorisation of medicines. Disponível em: https://www.ema.europa.eu/about-us/what-we-do/authorisation-medicines. Acesso em agosto de 2019.
  8. US Food and Drug Administration. FDA approves treatment for adult patients who have relapsed or refractory acute myeloid leukemia (AML) with a certain genetic mutation. Disponível em: https://www.fda.gov/NewsEvents/Newsroom/PressAnnouncements/ucm627072.htm. Last accessed August 2019.
  9. Japan Pharmaceutical and Medical Devices Agency (PMDA). New Drug approvals, April 2018 - March 2019. Disponível em: http://www.pmda.go.jp/files/000229380.pdf#page=5. Acesso em setembro de 2019.
  10. European Medicines Agency. Public summary of opinion on orphan designation. Disponível em: https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/orphan-designations/eu3171961. Acesso em agosto de 2019.
  11. Ministry of Health, Labour and Welfare - Japan. Press announcement – Priority Assessment Designation System. Disponível em: http://www.mhlw.go.jp/stf/houdou/0000102009.html Last accessed August 2019.
  12. XOSPATA (gilteritinib) Tablets® 40 mg Package Insert. Tokyo; Astellas Pharma Inc.: 2019.
ClinicalTrials.gov. A Study of ASP2215 Versus Salvage Chemotherapy in Patients with Relapsed or Refractory Acute Myeloid Leukemia (AML) With FMS-like Tyrosine Kinase (FLT3) Mutation. Disponível em: https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT02421939. Acesso em agosto de 2019.

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