Quem Matou o Meu Pai, de Édouard Louis

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Quem Matou o Meu Pai. Sem (ponto de) interrogação. Porque o livro que Édouard Louis não fareja nem escava em torno de uma pergunta. O texto do escritor, nascido em 1992 numa das regiões mais pobres de França (Picardia), é, na verdade, uma acusação. Um dedo apontado, sem hesitação, ao Estado francês pelo abandono a que votou o seu pai, após um acidente de trabalho que o deixou incapacitado, na sequência de décadas a destruir o corpo num ofício fisicamente devastador — e forçado, ainda assim, a prolongar a sua vida de miserável assalariado.
 
Gonçalo Frota, Janeiro de 2025
(o autor escreve segundo o antigo Acordo Ortográfico)

Luís Mestre
 
CCB . 24 a 26 janeiro . Black Box
Sexta às 20h00 | Sábado às 19h00 | Domingo às 17h00
Acessibilidade: Sessão de 26 de janeiro com interpretação em Língua Gestual Portuguesa

Ficha artística
Texto Édouard Louis
Tradução Luísa Benvinda Álvares
Direção e leitura Luís Mestre
Desenho de luz e espaço cénico Joana Oliveira
Fotografia, vídeo e espaço cénico Ana Joana Amorim
Direção técnica Luís Ribeiro
Produção executiva Patrícia do Vale
INTERVALO - Programa Educativo Patrícia do Vale, Raquel Sambade e Inês Soares
Coprodução Centro Cultural de Belém, Casa das Artes de Famalicão, 23 Milhas, Teatro Diogo Bernardes, Centro Cultural Raiano, Teatro Municipal de Bragança, Teatro-Cine de Torres Vedras, Teatro Municipal de Vila Real, Quarta Parede, Teatro Ribeiro Conceição, Teatro Nova Europa
O Teatro Nova Europa é uma estrutura financiada pela República Portuguesa – Cultura | DGartes – Direção-geral das Artes (apoio sustentado quadrienal 2023-2026).
 
Édouard Louis regressa ao lugar onde nasceu para visitar o pai: uma cidade numa das regiões mais pobres de França. Na casa paterna, o que outrora foi um homem que exprimia a sua virilidade através da violência e que oprimia o filho inteligente e dócil, encontra um corpo com cinquenta e poucos anos, que mal consegue andar e respirar.
Quem Matou o Meu Pai é um relato comovente do reencontro entre o autor e o seu pai, da recordação de uma infância caracterizada pela dor e danificada pela pobreza, vergonha e homofobia, e a acusação ao poder político pelo abandono das classes baixas da sociedade.
Contamos com a vossa colaboração na divulgação desta peça de teatro.
 

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