Mais de 8000 queixas entre março e setembro

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Uma análise realizada pelo Portal da Queixa veio confirmar que a pandemia está a complicar a vida dos portugueses no que diz respeito ao acesso aos serviços públicos. Em seis meses - entre 18 de março e 18 de setembro de 2020 -, foram registadas 8033 reclamações, um aumento de 47% face ao período homólogo, onde se verificaram apenas 5450 queixas.

 

Segundo os dados analisados pela equipa do Portal da Queixa, a dificuldade de agendamento do atendimento é o principal motivo reportado pelos cidadãos através da maior rede social de consumidores e marcas de Portugal. Para além dos problemas de marcação, as falhas no serviço prestado e a falta de resposta e resolução são outros problemas que resultaram em reclamação.

 

No topo da tabela dos organismos públicos, cujo crescimento do número das reclamações foi mais expressivo, comparativamente com 2019, está o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e a Segurança Social. Entre estes, sobressai o IHRU com um aumento de 280% das queixas.

 

“Um dado interessante que ganha destaque nas estatísticas que analisámos, é relativo ao IHRU que, tendo em conta o contexto de medidas excecionais de apoio anunciadas às famílias, recebeu naturalmente mais reclamações referentes ao processo de apoio às rendas e pelo facto de verem indeferido esse pedido.” realça Pedro Lourenço, CEO do Portal da Queixa e fundador da Consumers Trust.

 

Por outro lado, destaca-se também que, no período em análise e comparativamente com 2019, duas entidades públicas registaram um decréscimo do número de reclamações: o Centro Nacional de Pensões e a Autoridade Tributária e Aduaneira (ambas com uma redução de 22%).

 

 

 

2019

2020

%

SERVIÇOS PÚBLICOS

5450

8033

47%

 

IHRU

20

76

280%

IEFP

72

111

54%

Segurança Social

878

1341

53%

IMT

711

985

39%

IRN

228

264

16%

SEF

453

517

14%

Centro Nacional de Pensões

528

411

-22%

Autoridade Tributária e Aduaneira

270

210

-22%

[Período de análise entre 18/03 e 18/09]

 

 

A análise global do Portal da Queixa permitiu concluir que, devido à pandemia, os serviços públicos estão mais lentos e menos eficazes, criando constrangimentos na vida dos cidadãos. 

Outra conclusão alcançada é que, apesar do número de reclamações no Livro Amarelo terem diminuído 44% em agosto, em comparação com o mesmo período do ano passado (de 38 mil para 21 mil), as queixas no Portal da Queixa aumentaram, sobretudo, no que toca à falta de atendimento e de resposta. 

 

Recorde-se que, desde Março, os serviços públicos passaram a atender por via electrónica. Nos casos em que tal não seja viável, a pré-marcação é feita online. O agendamento pode ser feito pelo Portal “ePortugal” e pelas linhas que prestam apoio aos serviços públicos digitais (Linha do Cidadão 300 003 990 e Linha das Empresas 300 003 980). 

 

NOTA: Todas as reclamações efetuadas dirigidas aos Serviços Públicos estão disponíveis para consulta pública em: www.portaldaqueixa.com

 

 

 

Sobre o Portal da Queixa:

O Portal da Queixa é uma plataforma inovadora e pioneira em Portuga, lançada em junho de 2009. Hoje, posiciona-se como a maior rede social de consumidores e marcas do país, sendo uma referências nacional em matéria de consumo.

O Portal da Queixa é visitado por mais de 1.8 milhões de consumidores mensais e recebe, em média, 9.000 reclamações por mês. Tem mais de 450.000 utilizadores registados e 7.500 marcas estão presentes na plataforma. A maioria das pessoas procura a plataforma para comunicar diretamente com outros consumidores, marcas e entidades públicas, bem como, para compararem marcas com base no Índice de Satisfação. Mais de 90% dos visitantes do Portal da Queixa, não efetua uma reclamação, pesquisa informações sobre uma marca ou serviço antes de procederem à decisão da compra final.

O crescimento exponencial e a consolidação do Portal da Queixa como um dos principais influenciadores nacionais em matéria de consumo, permitiu alcançar um novo posicionamento ao internacionalizar a sua plataforma para mercados com Espanha (Libro de Quejas) e África do Sul (Complaints Book), através do lançamento da sua marca global:  Consumers Trust.

 

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