A importância que o artesanato desempenha na cultura, identidade e desenvolvimento dos territórios

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«É uma profissão que tem impacto no desenvolvimento de regiões, fixação de população, na criação de identidade territorial e na geração de riqueza através do exercício de uma atividade criativa  e sustentável com valor económico e cultural».

 

Como balanço do evento internacional do World Craft Council Europe (WCCE), organizado pelo CEARTE no final do mês de junho, Cristina Mendes (Diretora Adjunta do CEARTE e membro da Direção WCCE) apontou alguns dos principais temas debatidos e referiu quais os desafios que o setor do artesanato enfrenta no panorama europeu.

 

O Museu de Arte Popular, em Lisboa, foi o palco do evento internacional organizado pelo CEARTE, que recebeu os membros do WCCE e vários artesãos do mundo no final do mês de junho.

Cristina Mendes (Diretora Adjunta do CEARTE e membro da Direção WCCE), fez o balanço do evento, referindo as principais conclusões dos vários debates e apresentações que decorreram «A conferência centrou-se muito na passagem do saber-fazer para a próxima geração e na criação dessa nova geração de profissionais do artesanato. O grande foco da conferência foi debater as competências necessárias para dotar a atual geração, para que os seus negócios sejam, sobretudo, bem-sucedidos».

O grande desafio de passar o conhecimento e saberes do artesanato para a nova geração foi sustentado por várias temáticas que não devem ser esquecidas no processo: sustentabilidade, competências empresariais, as novas políticas europeias e a migração para o mundo digital foram algumas das principais apontadas.

«Como é que conseguimos atrair jovens e mostrar-lhe que o artesanato pode ser um setor rentável e sustentável do ponto de vista social e económico?» foi uma das questões que Cristina Mendes colocou como forma de mote para dar resposta aos novos desafios, respondendo que «Não é só uma realidade nossa (portuguesa) a pouca atratividade das camadas mais jovens no que diz respeito ao setor do artesanato. É isso que é preciso mudar de alguma forma, ir estabelecendo programas de atração para os jovens e chamar a atenção do público em geral para esta atividade. É preciso esquecer aquela ideia de que esta é uma profissão antiga, com grande penosidade no trabalho, pouco compensadora do ponto de vista económico, pouco reconhecida socialmente e mal sucedida do ponto de vista financeiro.»

No que diz respeito ao WCCE, refere que tem reforçado o seu papel enquanto interlocutor junto das entidades europeias para a discussão das políticas a nível Europeu para o setor. O WCCE pretende ser uma voz ativa dos artesãos, defendendo os seus interesses e divulgando o valor do seu trabalho.

Por fim, Cristina Mendes referiu ainda que o artesanato desempenha um papel muito importante no que diz respeito à preservação da cultura, identidade e desenvolvimento dos territórios «É uma profissão que tem impacto no desenvolvimento de regiões, fixação de população, na criação de identidade territorial e na geração de riqueza através do exercício de uma atividade criativa  e sustentável com valor económico e cultural».

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