Rock in Rio Lisboa: já há mais reclamações este ano. Subida é de 97%.

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A décima edição do Rock in Rio Lisboa está a ser marcada por várias reclamações. Em comparação com a edição de 2022, o número de queixas disparou 97%, informa o Portal da Queixa. Dos inúmeros casos registados na plataforma, constam relatos de problemas com os bilhetes, com a falta de organização, a má qualidade do som e a falta de resposta na alimentação. A maioria das queixas (69%) aponta o dedo à organização do Rock in Rio Lisboa. 

 

A ‘cidade do rock’, localizada agora no Parque Tejo, abriu portas no fim de semana, mas parece que nem tudo está a correr bem e os relatos de insatisfação acumulam-se no Portal da Queixa. Este ano, a edição ainda não terminou e o número de reclamações relacionadas com o Rock in Rio Lisboa já ultrapassou em 97% as queixas geradas na edição de 2022.

Entre os principais motivos de reclamação destacam-se: problemas com os bilhetes, a motivar 32.8% das ocorrências. Já a falta de organização soma 15.5% das queixas, onde são relatados problemas para aceder ao recinto do evento, sobrelotação, filas, etc.

Na origem de 8.6% dos casos registados está a má qualidade do som e 6.9% refere-se à alimentação, onde são denunciados casos de alimentos e água retidos na entrada do evento, falta de comida e valores abusivos.

 

“Piso péssimo, imenso pó, sem sombras, casas de banho com filas

 

Na reclamação registada no dia 16 de junho, no Portal da Queixa, Jorge Soares manifesta-se insatisfeito com a organização e aponta vários problemas: “Entre as três piores organizações de espetáculos musicais onde já estive. Felizmente saí antes de acabar. O som do palco principal, péssimo, mau, muito mau, as infraestruturas não eram funcionais, filas intermináveis para tudo, desde a alimentação aos WC. Com as pessoas a cruzar e a acumular nos entre espaços. Espanta-me que tantos estudos feitos sobre este espaço, sua funcionalidade, sua lotação, e seus custos astronómicos, culminem nesta péssima utilização do espaço.”

 

Já Bárbara Afonso descreve na sua exposição a falta de condições do recinto: “Apesar de o recinto ser maior, estavam demasiadas pessoas para as condições que oferecem, como piso péssimo, imenso pó, sem sombras, casas de banho com filas (...), som péssimo (principalmente no Palco Mundo), e alimentação sem conseguir dar vazão à multidão que estava no recinto.”

 

Também Marta Cunha queixa-se da falta de resposta na alimentação: “É inaceitável que, com a quantidade de participantes num evento como este, não haja capacidade na alimentação. Não nos deixaram entrar com 2 bananas e antes das 20h existem stands sem condições para aceitar pedidos. Inadmissível!”

Os dados analisados indicam ainda que, 69% das reclamações publicadas foram dirigidas à produtora do Rock in Rio Lisboa, enquanto 31% foram contra as bilheteiras online See Tickets e Ticketline. 

No entanto, segundo revelam os baixos indicadores de performance no Portal da Queixa, a entidade produtora Rock in Rio Lisboa não tem dado resposta aos problemas que lhe são expostos. O Índice de Satisfação atual é fraco, pois está pontuado pelos consumidores em 35.4 (em 100), a Taxa de Resposta é de 2.7% e a Taxa de Solução é de 20%. 

 

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