57% dos Diretores de RH inquiridos no Barómetro RH, considera que a sua empresa não está preparada para dar resposta a fenómenos como "Quiet quitting", "Loud quitting” e "Great resignation
• 45% dos responsáveis de recursos humanos inquiridos no Barómetro RH 2023, realizado pelo Kaizen Institute em parceria com a Hays Portugal, defende a importância do governo e das instituições públicas procederem ao lançamento de programas de financiamento que permitam oferecer melhores condições salariais aos jovens;
• 77% dos inquiridos afirma que não irá implementar a semana de 4 de dias de trabalho na sua empresa; • A retenção de talento (40%) e a contratação de novos profissionais (40%) são as duas principais prioridades destacadas pelas empresas relativamente aos RH;
• O Barómetro RH 2023 inquiriu cerca de 150 diretores de Recursos Humanos de grandes e médias empresas nacionais.
Lisboa, 22 de maio – A imprevisibilidade do mercado parece não ter tido impacto ao nível da motivação dos colaboradores das empresas inquiridas, que permanece com 14 pontos (escala de 0-20), à semelhança do que observamos na última edição. Por outro lado, apesar da rápida evolução da tecnologia, da geração dos novos modelos de trabalho e das disrupções causadas pela pandemia, mais de metade dos inquiridos (54%) afirma que continua a ter um modelo de trabalho totalmente presencial implementado nas suas empresas. De acordo com 80% dos inquiridos, a retenção e a captação de talento continuam a ser os eixos que mais preocupam os líderes deste setor, ao aumentar a taxa de turnover e afetando negativamente a produtividade das equipas. Para contornar esta questão, garantir um bom ambiente laboral (18%), aumentar o salário (17%) e proporcionar uma cultura empresarial robusta (16%), são as principais medidas que estão a ser implementadas nas organizações de acordo com os Diretores de RH. “Esta dificuldade em recrutar vai manter-se pelas dinâmicas do mercado de trabalho, pois estamos perante um mercado liderado pelo candidato e onde este tem um poder de negociação cada vez maior – estão mais seletivos, mais exigentes ao nível das condições e dos benefícios que pretendem, e mais resistentes à mudança de emprego. De forma transversal, está relacionado com expectativas salariais desalinhadas, o interesse e as próprias condições dos projetos que muitas vezes não vão ao encontro do que o profissional procura, as condições contratuais e a falta de interesse de mudança de emprego. Os empregadores devem repensar as suas estratégias de atração e retenção de talento, pacotes de benefícios, envolvimento com os projetos e conhecer bem o mercado… estas serão estratégias fundamentais” explica Sandrine Veríssimo, Regional Director da Hays Portugal.
Alavancar o crescimento, garantir uma cultura empresarial robusta e fazer uma gestão eficaz do talento
Apesar da implementação das políticas de ESG serem vistas como um fator de criação de valor e ser cada vez mais importante integrá-las na estratégia corporativa, apenas 14% dos inquiridos tem como prioridade o lançamento e consolidação de iniciativas ESG. Ainda assim, no âmbito do eixo social do ESG, 48% dos diretores de RH admite que implementar práticas de trabalho justas e responsáveis - incluindo condições de trabalho saudáveis e seguras, remuneração justa, direitos do trabalhador e equidade de género -, será uma das principais prioridades. No que diz respeito ao processo de recrutamento, a abordagem skills-first - que se destaca por enfatizar as competências e capacidades de cada pessoa, colocando em 2º plano a sua experiência ou formação académica - parece estar a tornar-se numa tendência importante e 53% dos inquiridos afirma já estar familiarizado com esta abordagem e já considera esta componente no processo de recrutamento. Neste contexto, garantir um processo de onboarding eficaz é uma ferramenta essencial para o sucesso organizacional. Para auxiliar este processo, 41% dos inquiridos apostou na criação de um programa de acolhimento personalizado para tornar a integração mais eficiente. Por outro lado, 25% afirma que designar mentor para fazer o acompanhamento inicial é outra das estratégias mais usadas. A flexibilidade laboral, as formas híbridas de trabalho e a conciliação entre a vida profissional e a pessoal conquistou maior relevância no decorrer dos últimos anos. Nesse sentido, múltiplos benefícios têm sido apontados relativamente à adoção da semana de trabalho de quatro dias. Contudo, 77% dos inquiridos afirma que não vai implementar a semana reduzida de trabalho, 19% afirma ainda não estar a implementar esta medida embora esteja a equacionar a possibilidade e 2% confirma estar a testar a implementação deste modelo. No âmbito dos aumentos salariais, 47% dos inquiridos afirma que se procederam a aumentos entre os 2,5% e os 5% em 2023, enquanto apenas 12% fez aumentos acima dos 7,5%. “O contexto atual vive dificuldades potenciadas pela gestão de talento, pressões de redução de custos e a necessidade de proporcionar ao cliente interno uma experiência cada vez melhor. Estas equipas são frequentemente desafiadas a ultrapassar obstáculos importantes na sua jornada para melhorar o desempenho operacional. Nesse sentido, não restam dúvidas que, neste contexto, os Recursos Humanos desempenham um papel central ao navegar nesta reviravolta e devem garantir que a função deve progredir para um novo nível de adaptabilidade e responsabilidade. O desafio do Kaizen Institute é a concretização dos objetivos disruptivos, potenciando a transformação diária e sustentada. Com a participação de todas as equipas chave, será possível desenhar uma visão focada no cliente, que irá conduzir a melhorias disruptivas na performance, para chegar a níveis de desempenho económico e financeiro de excelência, garantindo a sustentabilidade das organizações”, afirma Filipe Fontes, Diretor do Kaizen Institute Western Europe.
A tecnologia ao serviço dos Recursos Humanos
Noutro campo, a digitalização continua a assumir um papel de destaque pois ao colocar a tecnologia ao serviço da transformação de processos de Recursos Humanos, é possível simplificar, melhorar o trabalho das equipas e eliminar as barreiras de comunicação. 31% dos diretores de RH afirma que está a trabalhar na simplificação e automatização de processos de trabalho e tarefas administrativas e 19% aposta no recurso a estas ferramentas para auxiliar o processo de análise de dados. Neste sentido, a digitalização não só abre portas para a prestação de serviços mais ágeis, completos, globais e inteligentes, como também permite o upskilling dos colaboradores. A tecnologia e as redes sociais têm um papel cada vez mais preponderante na agilização do processo de recrutamento, uma vez que oferecem ferramentas e recursos que permitem que as empresas encontrem e atraiam talentos qualificados de forma mais rápida e eficiente. Nesse sentido, 38% das empresas admitem estar a fazer cada vez mais uso das redes sociais para ter maior alcance nos recrutamentos e 30% afirma estar a recorrer a empresas de recrutamento especializado para assegurar maior rapidez no processo. Os inquiridos não deixaram de opinar acerca do contexto atual de emprego e 28% afirma que na sua empresa já estão a aplicar medidas para aumentar de forma agregada o recrutamento jovem (ex: através de protocolos de estágio com as universidades). Já 45% considera que é importante que o governo e as instituições públicas procedam ao lançamento de programas de financiamento que permitam oferecer melhores condições salariais aos jovens.
O Barómetro RH 2023, iniciativa promovida pelo Kaizen Institue em parceria com Hays Portugal, inquiriu cerca de 150 diretores de Recursos Humanos de grandes e médias empresas nacionais, com o objetivo de avaliar a resposta das organizações às principais tendências e desafios atualmente verificados na Gestão das Pessoas, bem como o grau de motivação e produtividade dos colaboradores.
SOBRE O KAIZEN INSTITUTE
O Kaizen Institute Consulting Group é uma empresa multinacional que fornece serviços de consultoria e formação ao tecido empresarial e instituições públicas em mais de 35 países. A empresa atua em diferentes setores de atividade, suportando as organizações e desafiando os líderes a melhorarem a sua rentabilidade e a fazerem crescer o seu volume de negócios. Fundado em 1985, na Suíça, está em Portugal, com escritórios no Porto e em Lisboa, desde 1999.
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Inês de Sá
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SOBRE A HAYS PORTUGAL
Hays plc (the "Group") is the world’s leading specialist in workforce solutions and recruitment, such as RPO and MSP. The Group is the expert at recruiting qualified, professional and skilled people worldwide, being the market leader in the UK, Germany and Australia and one of the market leaders in Continental Europe, Latin America and Asia. The Group operates across the private and public sectors, dealing in permanent positions, contract roles and temporary assignments. As at 31 December 2022, the Group employed over 13,000 staff operating from 255 offices in 33 countries. For the year ended 30 June 2022: – the Group reported net fees of £1,189.4 million and operating profit of £210.1 million; – the Group placed around 83,750 candidates into permanent jobs and around 250,000 people into temporary roles; – 16% of Group net fees were generated in Australia & New Zealand, 26% in Germany, 22% in United Kingdom & Ireland and 36% in Rest of World (RoW); – the temporary placement business represented 55% of net fees and the permanent placement business represented 45% of net fees; – Technology is the Group’s largest division, with 26% of net fees, while Accountancy & Finance (14%) and Construction & Property (11%), are the next largest – Hays operates in the following countries: Australia, Austria, Belgium, Brazil, Canada, Chile, China, Colombia, the Czech Republic, Denmark, France, Germany, Hungary, India, Ireland, Italy, Japan, Luxembourg, Malaysia, Mexico, the Netherlands, New Zealand, Poland, Portugal, Romania, Singapore, Spain, Sweden, Switzerland, Thailand, UAE, the UK and the USA
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