Consumidores acusam Via Verde de alegado esquema com identificadores
Ao Portal da Queixa têm chegado inúmeras reclamações dirigidas à Via Verde a denunciar a mesma situação. Os consumidores acusam a empresa de estar a praticar um alegado “esquema” envolvendo os indentificadores, onde recorrendo a uma comunicação via e-mail, solicita aos clientes a substituição do dispositivo, por motivo de falhas no funcionamento. Porém, todos os consumidores queixosos alegam que os aparelhos estão a funcionar corretamente.
O Portal da Queixa alerta para o facto de a empresa Via Verde está a ser alvo de dezenas de reclamações, tendo verificado um crescimento de 50% do número das queixas em novembro, em comparação com o mês anterior. A plataforma analisou a situação e detetou que o motivo deste aumento está relacionado com uma comunicação da empresa que está a ser enviada aos clientes, onde informa sobre o registo de falhas no identificador do aderente e solicita a sua substituição.
Segundo descrevem os consumidores nas reclamações apresentadas, o caso envolve vários e-mails que estão a ser enviados pela empresa aos clientes, onde esta informa que o dispositivo do cliente não está a funcionar corretamente e, por esse motivo, deverá regularizar a situação procedendo à substituição do aparelho, o que, na opinião dos queixosos tratar-se-á de “uma estratégia para o cliente aderir a uma nova modalidade de pagamento mensal ou anual sobre o equipamento” e denunciam que a empresa “está a agir de má fé e enganar os clientes”.
Consumidores acusam Via Verde de “pressão”, “esquema”, “manobra de fidelização” e “burla”
Para a consumidora Flávia Martins - que apresentou reclamação no Portal da Queixa -, “A Via Verde está a agir de má fé para com os utentes no sentido em que está constantemente a enviar e-mails aos consumidores a dizer que os identificadores se encontram com falhas quando isso é mentira, os identificadores em questão passam todos a verde nas portagens e os e-mails são constantes. A Via Verde está a arranjar uma forma de obrigar os consumidores que pagaram os seus identificadores a fazer um plano anual ou mensal de pagamentos para que a sua receita seja sempre efetiva. Isto é burla e estão a obrigar os consumidores a aderir a um serviço que não faz qualquer sentido.”
“É manobra da empresa para fidelização de clientes”
O consumidor Jorge Ribeiro refere na sua reclamação que a comunicação da Via Verde não tem fundamento: “Recebi um email e mensagem no dia 29-10-2022 da Via Verde para regularizar situação, a dizer que o meu identificador não estaria a funcionar corretamente e que seria necessário a sua substituição. O meu identificador continua a registar as passagens sem problema algum e a acender a luz verde. Tenho encontrado muitas pessoas na mesma situação, acho que se trata de uma manobra/estratégia para obrigar o cliente a estar fidelizado a um serviço, tal como se fosse uma subscrição ou seja a modalidade compra acaba e passa haver aluguer, mensal ou anual. Quando não existe concorrência, abusa-se e não há controle. Neste momento, de acordo com as opções dadas, a opção de compra já não se encontra disponível penso que seja no mínimo curioso fazer o aviso que o identificador não regista para terem mais uma subscrição mensal, anual ou só quando utiliza.”
“Pressionam para novo contrato e ameaçam que vão desligar aparelho”
Carlos Mo queixa-se de “pressão por parte da empresa”: A Via Verde está a mandar emails automáticos a avisar de anomalias no aparelho identificador o que é falso. O aparelho sempre funcionou perfeitamente e está a passar sempre verde. Já avisei várias vezes a via verde que não se passa qualquer problema e não me é dada qualquer informação de qual é a avaria, apenas tentativas repetidas de passar para um sistema de subscrição. Isto afigura-me como uma tentativa com base em mentira para "prender" o cliente a um novo contrato agora com base em ameaça que vão desligar o aparelho em questão.”
Sobre o Portal da Queixa by Consumers Trust:
O Portal da Queixa é uma plataforma global de comunicação entre consumidores e marcas, criada em junho de 2009. Hoje, posiciona-se como a maior rede social de consumidores em Portugal, sendo uma referência nacional em matéria de consumo e um marketplace de reputação de marcas.
O crescimento exponencial e a consolidação da plataforma em Portugal, permitiu alcançar um novo posicionamento ao internacionalizar a sua plataforma para mercados com França (Réclame Ici), Espanha (Libro de Quejas) e África do Sul (Complaints Book), através do lançamento da sua marca global: Consumers Trust.
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